TEP Apresenta-se Em Matosinhos Com A Cara Da Morte Estava Viva

Numa coprodução do Teatro Experimental do Porto e Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, a companhia do Porto sobe ao palco do teatro em Matosinhos, nos dias 13 e 14 de setembro, com a peça A Cara da Morte Estava Viva, uma criação de João Miguel Mota.

A Cara da Morte Estava Viva é um projeto antigo de João Miguel Mota, que também interpreta, e que procura sentidos e lugares em corpos queer. A direção de atores é de Romeu Costa.

Quando voltou do outro lado – depois de estar internado num hospital meses a fio – Cazuza avisou: Eu vi a cara da morte e ela estava viva. Cazuza é uma das vozes da geração perdida na grande epidemia de HIV dos anos 80. Uma geração que nunca chegou a envelhecer, confrontada com a sua própria finitude desde o fim da adolescência, cujo modo de vida foi apontado como razão e raiz de uma doença que a dizimou – e dizima ainda.
Partindo da música de Cazuza – que acompanha o ator há já muitos anos – e passando por autores queer cujas obras evocam a luta contra o tempo que corre e o corpo resistente ao seu próprio fim, o espetáculo parte de acontecimentos e memórias que se cruzam com outros autores, procurando na música o espaço de existência e expressão.

A peça, para maiores de 14 anos, pode ser vista hoje e amanhã, pelas 21h30, no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery. Os bilhetes têm um custo de 7,50 euros.

Autor:Texto de Rosa Margarida
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