Dezembro é um mês de tradições, e por isso, Tiago Bettencourt voltou ao Coliseu de Lisboa, no dia 19 de dezembro, para apresentar mais um espetáculo 360º, naquela que já é uma tradição sua, desde 2018, à exceção do ano de 2020 (devido à pandemia).
O concerto, ao qual o músico deu o nome de Fio da Navalha, decorreu sem alinhamento pré-definido, já que, antes do espetáculo, os espetadores tiveram a possibilidade de escolher as canções que pretendiam ouvir, através do preenchimento de cartões personalizados, onde, para além do seu nome e do nome da música, tinham de escrever, obrigatoriamente, uma dedicatória. Tiago avisou, desde logo que, sem dedicatórias não haveria canções.
No centro da sala do Coliseu, Tiago Bettencourt foi retirando da tômbola mágica, os cartões, foi lendo as originais e (algumas comoventes) dedicatórias, e fez aquilo que melhor sabe… relembrando os principais temas dos últimos 20 anos da sua carreira e que fazem dele um dos melhores cantores e compositores do nosso país.
Das mais conhecidas como “O Jardim”, “Morena”, “O Jogo”, “Dragão”, “Maria”, “Chocámos Tu e Eu” ou “Canção de Engate” às que possam passar mais despercebidas (“Espaço Impossível” e “Música de Filme”) Tiago Bettencourt não desiludiu o público, até porque, e nas sua próprias palavras estava ali “para agradar”.
Já nos últimos momentos do concerto, Tiago Bettencourt retirou da tômbola, “A Carta” e cantou-a para e com o seu público, enquanto percorria, ao som da guitarra, o palco circular que lhe garantiu, ainda maior proximidade com os seus fãs.
Tiago Bettencourt prometeu regressar no próximo ano, mas dessa vez, arriscará um concerto no Campo Pequeno. E nós vamos ficar à espera de 2025, para mais um dezembro bom, onde se cumprirá mais uma tradição de Natal!