O Teatro Nacional São João (TNSJ) apresenta, de março de 2020 a março de 2021, um programa do Centenário do edifício projetado pelo arquiteto Marques da Silva, com um elenco “quase” residente; a reabilitação do Teatro; iniciativas e espetáculos, com produções próprias, coproduções, estreias nacionais e internacionais.
O dia 7 de março, marca o início das celebrações, com múltiplas iniciativas a decorrer, não só no TNSJ, mas também nos espaços geridos pelo TNSJ – o Teatro Carlos Alberto (TeCA) e Mosteiro de São Bento da Vitória, com visitas guiadas especiais, projeção de Castro na Praça da Batalha, masterclasses, apresentações dos Clubes de Teatro Sub-18 e Sub-88 e ainda leituras de textos dramatúrgicos. O dia é marcado pela reposição da criação de Ricardo Pais, Turismo Infinito, a partir de textos de Fernando Pessoa, que estará em cena até 9 de março, no TNSJ.
Castro, com encenação de Nuno Cardoso, é, aliás, a primeira produção própria do TNSJ a integrar o elenco “quase” residente: Afonso Santos, Joana Carvalho, João Melo, Maria Leite, Mário Santos e Rodrigo Santos. A peça estreia no dia 5 de março, no Teatro Aveirense, seguindo em digressão pelo país, com paragem no TNSJ, no dia 27 de março, no Dia Mundial do Teatro, até 18 de abril.
Também em abril, está programada, no TNSJ, a pré-apresentação de KastroKriola, uma versão da peça Castro com atores cabo-verdianos e que se estreia em Cabo Verde a 5 de julho, Dia da Independência do país.
Durante o ano de Centenário, o Teatro Nacional São João vai acolher várias produções internacionais de relevo, de encenadores como Angélica Liddell (Espanha), Jorge A. Vargas (México), Sergio Boris (Argentina), Frank Castorf (Alemanha) ou Christiane Jatahy (Brasil). Integrado no Festival DDD, o TNSJ recebe ainda duas estreias nacionais – ELENIT (Grécia) e L’Affadissement du Merveilleux (Canadá) – e, no final do mês de abril, Mathilde Monnier (França), La Ribot (Espanha e Suíça) e Tiago Rodrigues (Portugal) apresentam Please Please Please, incluído na Semana +.
As estreias nacionais vão desde a dramaturgia nacional contemporânea aos grandes clássicos, com A Turma e da Circolando, uma criação de André Braga e Cláudia Figueiredo, em abril; A Palmilha Dentada, a partir de Molière, de Ricardo Alves e um trabalho a partir da obra de Alfred de Musset, de Rogério de Carvalho, estreiam-se em maio; em julho estreia-se A.N.T.I.G.O.N.A, a nova criação de Gonçalo Amorim, do Teatro Experimental do Porto. Carlos Pimenta adapta Anton Tchékhov para o Ensemble – Sociedade de Actores e ainda a Festa de 15 Anos, uma produção do Colectivo 84, com encenação de Mickaël de Oliveira são outras estreias programadas.
Em ano de Centenário, os espaços recebem mais de 30 espetáculos, incluindo três produções próprias, 11 estreias, oito espetáculos internacionais e 11 coproduções.
O TNSJ vai lançar uma coleção de seis volumes temáticos, apelidados de Cadernos do Centenário. O primeiro é apresentado no dia 7 de março e será um Elogio do Espectador, compilando 100 depoimentos de várias personalidades portuguesas sobre 100 espetáculos programados pela Casa. Em setembro será inaugurada uma exposição que contemplará a arquitetura à história do edifício, os seus usos e a relação com a cidade e o país.
A “Reabilitação do Teatro São João e Programa Comemorativo do seu Centenário”, programa aprovado pelo Norte 2020, vai permitir a realização de obras de reabilitação do edifício, a renovação do parque técnico do TNSJ e o reforço da atividade da instituição.
O TNSJ reforça ainda o seu projeto educativo e editorial, com espetáculos, leituras, oficinas e masterclasses e cria um Bolsa de Bilhetes Sociais, uma medida que visa favorecer o acesso aos espetáculos de pessoas com reduzido poder económico.
