Foram 5 os vinhos da Companhia das Lezírias, 4 da gama Tyto Alba e um Colheita Tardia, dados a conhecer ontem, no restaurante da Associação Naval De Lisboa, num jantar que contou com harmonizações originais e arrojadas, entre a comida e os vinhos.
A noite, um pouco fria como é característica desta zona à beira rio, depressa se foi tornando amena e aquecendo, permitindo desfrutar e conhecer alguns dos novos vinhos da Região do Tejo, harmoniosa e criativamente combinados com os pratos elaborados pelo Chefe Jacinto Alves (responsável do restaurante da Associação Naval de Lisboa – ANL desde 2013) e pelo sushiman Saulo Cardoso – responsável pelo novo Chiyome (espaço de inspiração japonesa, que fica na entrada da ANL).
Para a entrada foi eleito um Tyto alba Rosé 2016, servido bem fresquinho, que acompanhou uma apelativa combinação de sushi, carpaccio de salmão e caranguejo de casca mole. Com um tom salmão, este é um vinho feito a partir de uvas selecionadas de vinhas velhas, (50% Touriga Nacional e 50% Tinto Cão), fermentou e estagiou com batonage durante três meses em barricas de carvalho francês com cinco anos, com aromas a flores de cerejeira, maçã verde e lima, envolvidos em notas abaunilhadas. (Com um preço de venda ao público de 6 euros).
O segundo vinho da noite foi um Tyto alba branco 2016, de tom amarelo palha, feito com uma seleção das melhores uvas de vinhas velhas, (60% Fernão Pires e 40% Arinto), fermentou e estagiou com batonage durante dois meses em barricas de carvalho francês. De paladar fresco e aromático (laranja, mel e figo são algumas das notas em destaque) este vinho está à venda por 12 euros. Acompanhou um saboroso risoto de tinta de choco, com vieiras à provençal e tomates cherry.
O prato da carne, Javali na grelha com legumes grelhados (endívias, pimento verde, courgette e beringela) – trazia uma surpresa e um desafio – dois tintos muito especiais: um Tyto alba Merlot tinto 2014 (com estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês) e um Tyto alba tinto 2013, elaborado com 20% de Touriga Franca, 50% de Touriga Nacional e 30% de Alicante Bouschet (12 meses de estágio em barricas de carvalho francês e americano).
Os dois vinhos que levantaram maiores debates e opiniões diferentes nos convivas presentes. Da nossa parte podemos dizer que achámos o Merlot um vinho bastante “fácil” de gostar e muito agradável e elegante, mas o Tinto de 2013 foi nos conquistando à medida que o tempo ía passando e as suas “notas” vinham ao de cima. Um vinho muito agradável e elegante, que ganha sendo aberto mais cedo, e ideal para acompanhar um prato especial como o javali. O Merlot está à venda por 9 euros e o tinto de 2013 por 7 euros.
Para a sobremesa, uma doce e muito agradável surpresa com Companhia das Lezírias Colheita Tardia branco 2013, que acompanhou um delicioso e cremoso mil folhas. Este é um vinho elaborado a partir de uvas da casta Arinto, apanhadas manualmente em novembro e “atacadas” pela “Podridão Nobre”, com fermentação e estágio de seis meses em barricas de carvalho francês. Doce, mas não muito, e suave, como convém a um vinho final. À venda por 12 euros.
Todos os vinhos apresentados são feitos com uvas de vinhas protegidas, sendo totalmente biológicos, numa área a cerca de 2000 metros do Rio Tejo, numa zona húmida, em que o solo é areoso, um pouco seco, e mesmo no final da Região Tejo (quase a fazer fronteira com os vinhos de Setúbal e Ribatejo), em plena área protegida do Estuário do Tejo.
Uma zona muito especial, como referiu o enólogo Bernardo Cabral, responsável pela criação destes vinhos, e que fez questão de partilha a história por detrás da coruja que marca os rótulos e a marca Tyto Alba, para o ilustrar.
Tyto Alba é o nome científico da bela e misteriosa Coruja das Torres Brancas (a mesma dos livros e dos filmes de Harry Potter como alegremente referiu), que habita nesta região, ajudando a proteger as vinhas e que tem aqui o seu habitat perfeito. Um “lar” que a Companhia das Lezírias pretende ajudar a preservar, tal como as vinhas antigas e a forma de fazer vinho.
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