O Último Dia de Um Condenado de Vítor Hugo é a peça que traz de volta aos palcos Virgílio Castelo, desta vez no Teatro Armando Cortez, numa produção da Yellow Star Company.
A peça de 1829, com adaptação e encenação de Paulo Sousa Costa, foi a escolhida pela produtora para levar a cena este ano, coincidentemente no ano em que se assinalam os 150 anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal (1867-2017).
Uma adaptação a partir da obra homónima de Victor Hugo, que versa as últimas horas de um homem que está no “corredor da morte”, com o fim iminente à sua espera. É uma crítica mordaz à pena de morte, onde o autor questiona a justiça por tamanha barbaridade que é tirar a vida a um ser humano, mesmo que seja culpado por um crime de sangue. É um manifesto a favor da abolição da pena de morte, publicado em 1862. Esta obra teve repercussões em todo o mundo, contribuindo para a proibição da pena capital. Portugal foi o primeiro país da Europa a abolir a pena de morte e o romancista francês Victor Hugo referiu esse facto, congratulando o feito e dizendo “Portugal dá o exemplo à Europa, que imitará a vossa nação. Morte à Morte. Guerra à Guerra. Viva a vida! Ódio ao ódio! A Liberdade é uma imensa cidade da qual todos somos concidadãos.
Em cena no Teatro Armando Cortez a partir de hoje, e para ver de quinta a sábado, às 21h30 e domingos às 18h00, até janeiro. Os bilhetes estão à venda no local e online e custam entre 15 a 18 euros.