O Prémio Amália foi atribuído este ano a Vítor Pavão dos Santos. A decisão do júri foi unânime, tendo este salientado o papel do galardoado “como investigador e divulgador da carreira de Amália Rodrigues” e o facto de ter “sido o primeiro a registar a biografia da insigne fadista e poetisa, a quem devotou grande parte da sua vida profissional e pessoal, e por quem nutria uma admiração sincera”.
O júri, presidido por Elísio de Summavielle e constituído ainda por Maria Amélia Proença, Simone de Oliveira, Nuno Lopes e Rodrigo, destaca também “o seu papel como fundador e primeiro diretor do Museu Nacional do Teatro e na história das artes de palco”.
Nascido em Lisboa a 13 de julho de 1935, Vítor Pavão dos Santos foi o fundador do Museu Nacional do Teatro, em 1977, tendo sido o seu primeiro diretor, e esteve na génese do museu Nacional do Traje (1973), com Natália Correia Guedes.
No âmbito das atividades do Museu Nacional do Teatro, organizou, em 1989, uma exposição evocativa dos 50 anos da atividade artística de Amália Rodrigues, comemorações das quais foi membro da comissão executiva.
Entre os vários títulos publicados estão A Revista à Portuguesa (1978), Amália, uma Biografia (1987), a primeira biografia da fadista, a fotobiografia Amália, Uma Estranha Forma de Vida (1992), e, este ano, O Fado da Tua Voz – Amália e os Poetas.
O prémio, que a partir desta 10.ª edição passa a distinguir uma personalidade ou instituição que se tenha destacado no panorama artístico-cultural português e cujo trajeto assente numa carreira de mérito, grandeza e universalismo na senda de Amália, será entregue a 6 de outubro, no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa.
Texto de Alexandra Gil