Joana de Portugal (Lisboa, 1439 – Madrid, 1475). Infanta de Portugal, filha do rei D. Duarte e irmã de Afonso V, o Africano. Exilada em Castela quando era bebé com a sua mãe devido ao confronto desta com os infantes da Ínclita Geração. Regressa órfã a Portugal com 8 anos. Aos 16 anos, o irmão Afonso V casa-a com o rei de Castela Henrique IV, chamado o Impotente, que necessitava de descendência para evitar que a coroa passasse para os seus irmãos, entre eles Isabel, a Católica. Joana chega a uma corte cheia de portugueses exilados depois da Batalha de Aljubarrota. Henrique, o marido, era impotente, mas não estéril. Joana foi provavelmente submetida à primeira inseminação artificial da História, realizada por médicos judeus. O método resultou e nasceu uma menina, a Excelente Senhora. Os nobres opositores ao rei começaram a dizer que o rei era homossexual e que Joana havia cometido adultério com um protegido do marido. Joana pede ajuda ao seu irmão Afonso V e tenta casar Isabel, a Católica, com o seu irmão. Henrique coloca a rainha sob vigilância. Joana fica grávida de um primo do rei, 10 anos mais novo do que ela. Henrique nomeia Isabel, a Católica, sua herdeira, retirando a herança à sua filha, a Excelente Senhora. Joana pede ajuda ao seu irmão Afonso. Morto Henrique IV, Afonso V casa-se com a Excelente Senhora e entra em Castela como rei, tendo lugar a Batalha de Toro.
A rainha adúltera – crónica de uma difamação anunciada, de Marsilio Cassoti, Esfera dos Livros, com 384 páginas, à venda por 24 euros.