Trata-se de uma mostra de cerca de duas centenas de registos acutilantes e humorísticos da vida quotidiana realizados por este artista luso-alemão. Agrupados em dez núcleos temáticos: mulheres, homens, crianças, cães, pintores, guerra, sequências, lazer, grafismo e multidões os desenhos apresentados refletem também a sua condição de artista entre pátrias.
Os desenhos escolhidos para a exposição sublinham ainda a particularidade dessa obra que parece traduzir-se na procura de um novo tipo de grafismo próprio, situado para além dos registos académico, naturalista e modernista.
Esta coleção, iniciada por Vasco de Aguiar Duarte Silva e completada pelo seu filho, abarca a melhor época da sua produção gráfica e permite mostrar pela primeira vez um conjunto coerente da vasta obra de Emmerico (a década de 1910), reunindo também um importante conjunto de desenhos da década seguinte.
A exposição tem curadoria de Isabel Lopes Cardoso e José Pedro Cavalheiro. Foi também editado o catálogo com a totalidade de desenhos e ilustrações (quase meia centena) que constituem a coleção.
A Obra Perdida de Emmerico Nunes pode ser vista no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian até ao dia 7 de julho de 2013, de terça a domingo, das 10h00 às 18h00.
Reportagem de Tânia Fernandes