Durante o mês de março, o Programa «Arte pela Democracia», promovido pela Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, em parceria com a Direção-Geral das Artes (DGARTES), leva pelo país espetáculos, sessões de cinema, podcasts, conversas, uma exposição e uma performance, de Famalicão a Setúbal.
Hoje, dia 1 de março, decorre, às 18h00, na Escola Básica de À-dos-Loucos, em Alhandra, a conversa «Resistência e terrorismo, da ARA aos Católicos Progressistas», que contará com a presença de Susana Martins, professora, historiadora e autora do livro Exilados Portugueses em Argel. O evento, promovido pela Companhia Cegada, é aberto ao público e inclui ainda a projeção de Acção Revolucionária Armada, segundo episódio da série documental Estórias do Tempo da Outra Senhora, de Edgar Feldman.
O ciclo de encontros apresenta a 20 de março, a terceira conversa aberta ao público, desta vez dedicada ao tema «Exílio Político no Tempo da Ditadura». Com início marcado para as 16h00, decorre na Quinta Municipal da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, e terá como oradores alguns membros da Associação de Exilados Políticos Portugueses (AEP 61-74).
No dia 7 de março, às 19h30, estreia na Sala Estúdio Perpétuo, no Porto, o espetáculo Noite de Solidão no Capim, cuja acção decorre na noite da ditadura, quando um soldado do exército colonial português se cruza com um guerrilheiro angolano. A peça, que pretende fazer uma abordagem humanista sobre a guerra colonial, estará em cena até ao dia 27 de março.
A 8 de março, às 21h00, será projetado, na Sociedade Musical e Recreativa União Setubalense, o documentário Novíssimas Cartas Portuguesas, que, partindo da obra Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, faz uma análise dos movimentos feministas do século XXI sob uma perspetiva interseccional, celebrando as mulheres e as suas conquistas. Durante o mês de março, o documentário será exibido também em Queluz (dia 13), no Seixal (dia 23) e novamente em Setúbal (dia 31).
A 8 e 9 de março, sobe ao palco do Teatrão, em Coimbra, o espetáculo Guião para um País Possível, de Sara Barros Leitão. Com dramaturgia criada a partir dos discursos, intervenções, apartes, insubordinações e até gestos transcritos nos Diários da Assembleia da República, o espetáculo procura resgatar os momentos mais marcantes dos últimos 50 anos da nossa democracia. Durante o mês de março, o espetáculo será ainda apresentado na Casa das Artes de Famalicão (dias 15 e 16) e no Teatro-Cine de Pombal (dia 23).
A 21 de março, às 16h00, é inaugurada na galeria Zaratan, em Lisboa, a exposição coletiva Lápis Azul, que pretende refletir sobre a liberdade de expressão como uma das conquistas fundamentais do 25 de Abril de 1974, levantando questões importantes sobre a relação entre arte e política. A exposição, que estará patente até 20 de abril, conta com a participação de um conjunto intergeracional de artistas: António Caramelo, Bárbara Bulhão, Fábio Colaço, Fernando Fadigas, Fernando J. Ribeiro, Filipa Bossuet, Isaque Pinheiro, Miguel Palma, Sandra Zuzarte e Sara&André. No âmbito da exposição, será apresentada, às 18h00, a performance «Spice Route Reframing», de Katarina Balunova.
A programação pode ser consultada aqui.