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Doçura Ou Travessura? Wolf Alice No Coliseu De Lisboa

Reportagem de António Silva (fotografia) e Tânia Fernandes (texto)

Wolf Alice
Em noite de Halloween, a banda britânica Wolf Alice atuou no Coliseu de Lisboa, com alguns vampiros e fantasmas à solta. Um Coliseu a menos de metade da sua capacidade, recebeu-os de forma calorosa.

Um horário inglês, com o concerto a iniciar as 20h00, sem banda de suporte, fez com que se estivesse de volta à rua, pelas 21h30, muito a tempo de outras festas.

A entrada da banda foi a anunciada com um tema especial “Ghostbusters” de Ray Parker Jr.

Ainda que a sala estivesse longe da sua lotação, o público manteve -se sempre em sintonia com a energia vibrante que a banda descarregou ao longo da sua atuação. Uma ligação tão forte dos dois lados, que dava a sensação de que poderíamos estar em ambiente de estádio. O espaço livre na plateia foi bem aproveitado para dançar e saltar, ficando assim totalmente preenchida desde o palco até à regie.
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Os Wolf Alice andam em digressão a apresentar o seu terceiro álbum Blue Weekend. Entraram vestidos a condizer com a celebração, de vampiros. Vestes pretas, caras brancas, olhos negros, apontamentos vermelhos. Abriram com “Smile’, deste novo trabalho. Um terço da plateia já estava de braço no ar, na direção da banda, a acompanhar a música.

“Olá Lisboa! Estamos muito felizes de estar aqui!” gritou a vocalista Ellie Rowsell, antes de seguir para “Your a Germ”. O som estava muito aquém do desejado, durante as primeiras músicas. A boa voz de Ellie não se conseguia sobrepor às guitarras, mas o público sabia as letras e cantou com ela. Depois de “Formidable Cool”, o registo mudou e o ambiente acalmou com “Delicious Things”. As luzes são uma das componentes importantes neste espetáculo. Mudam de forma dramática, tal como registo sonoro da banda. Nesta, predominou o vermelho intenso.

Nunca se sabe o que esperar, e o público foi surpreendido, ao longo o concerto. Os Wolf Alice são um fenómeno de versatilidade. “Space & Time” é um desses exemplos. Tanto tivemos momentos pop folk, de voz doce, como uma descarga de raiva e fúria, com os músicos a rodopiar de forma desgovernada.

Abriram “Planet Hunter” num duo de guitarras frente a frente e a explosão segue, com as cabeças agitadas a acompanhar o ritmo. O público consegue cantar cada vez mais alto!

“Bros” foi um dos momentos altos da noite, seguida da balada “Safe from heartbreak (If you never fall in love). “How can I make it Ok” dá destaque à extraordinária voz de Ellie e o caos volta a instalar-se com “Play the greatest hit” . Há entusiasmo suficiente no publico para fazer voar copos meio cheios de cerveja pelo ar.
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Voltaram a meter travão com “Silk” e sobressai o lado mais sensual da voz da vocalsta . Em “Feeling myself” o recinto ilumina-se de luzinhas dos telemóveis. Há um isqueiro aceso ao nosso lado, nas bancadas. Hello old school!.

“The beach” abre com um intenso foco de luz amarela e Ellie a dominar a guitarra. As luzinhas voltam a acender-se com a doçura de “No Hard Feelings “. A banda despede-se em festa, com ” Giant Peach”

No encore, mais uma pequena surpresa: “Lisbon” um dos temas que onde a banda britânica expressa o seu amor pela capital de Portugal.

“The last man on earth” trouxem mais um bonito momento só com a voz da cantora , acompanhada pelas teclas. A apoteose final foi servida em uníssono com “Don’t delete the kisses”. E todos saíram para a rua com vontade de dar uma trinca no pescoço alheio…

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