A abrir o Alkantara Festival 2024, chega à Culturgest, em Lisboa, um dos espetáculos mais controversos da última edição do Festival de Avignon: A Noiva e o Boa Noite Cinderela, da artista brasileira Carolina Bianchi.
Esta obra, que tem como ponto central a denúncia dos feminicídios e das múltiplas formas de violência contra mulheres, sobe ao palco do Auditório Emílio Rui Vilar nos dias 15 e 16 de novembro, com sessões às 21h00 e 19h00, respetivamente.
O espetáculo, criado por Carolina Bianchi e o coletivo Cara de Cavalo, constrói-se como uma imersão intensa e visceral em histórias de violência e feminicídio, traçando uma descida às profundezas de um universo sem possibilidade de redenção ou alívio. Evocando imagens de um “buraco no deserto” e um “mergulho num copo de bebida de violação”, Bianchi desafia os limites entre realidade e pesadelo, oferecendo ao público uma experiência de confronto com o horror e a brutalidade da violência de género, mas sem a possibilidade de uma catarse salvadora.
Este espetáculo é uma denúncia social e um convite à reflexão. Carolina Bianchi, que tem vindo a consolidar o seu lugar no teatro contemporâneo com peças de conteúdo provocador, apresenta com A Noiva e o Boa Noite Cinderela uma obra que expõe, sem rodeios, o lado sombrio de uma sociedade onde o feminicídio ainda é uma realidade presente e alarmante.
Para assegurar uma experiência inclusiva, a sessão de 16 de novembro contará com audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Antes do espetáculo, haverá ainda um reconhecimento de palco às 18h00, especialmente destinado a pessoas com deficiência visual.
O espetáculo tem uma duração aproximada de 90 minutos e tem classificação etária de M/18.
Os bilhetes podem ser adquiridos online ou no local.