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Hans Zimmer Não Faltou à Celebração da Sua Música em Lisboa

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Gavin Greenaway

The World of Hans Zimmer – a Symphonic Celebration, o espetáculo que ontem teve lugar na Altice Arena, está preparado para decorrer (com sucesso), sem a presença do seu criador. Acontece que Lisboa teve ontem o privilégio de assistir à entrada, em palco, de Hans Zimmer no decorrer do tema “Time”, que integra o filme A Origem. Quem não teve oportunidade de estar presente ontem pode voltar à bilheteira. A digressão regressa, ao mesmo espaço, a 8 de dezembro de 2019.

Há filmes dos quais podemos já nem nos lembrar do enredo, mas conseguimos trautear a banda sonora. Muitos dos temas de Hans Zimmer fazem parte dessa lista de canções que não só recordamos, como rapidamente associamos às imagens a que deram corpo.

O espetáculo The World of Hans Zimmer – a Symphonic Celebration é uma espécie de documentário, ao vivo, sobre o trabalho deste compositor de filmes da atualidade. Em palco, a numerosa Belarusian Bolshoi Theatre Orchestra distribui-se, de acordo com a sua categoria, por estrados que podem ganhar luz. É conduzida pelo seu amigo de longa data Gavin Greenaway.

Ao fundo, um conjunto de painéis implodem de luz, com belas imagens dos filmes correspondentes. Por vezes, estes painéis movimentam-se e revelam duas colunas de vozes, em vários pisos. Trata-se do Belarus Radio and Television Choir. Este elenco de mestres é complementado por um conjunto de talentosos músicos originários dos quatro cantos do mundo, como por exemplo a voz única de Lisa Gerrard, o talento ímpar do venezuelano Pedro Eustache, a cubana Eliane Correa, o guitarrista de flamenco Amir John Haddad, a soprano Katharina Melnikova, o guitarra baixo Juan Garcia Herreros ou as percussionistas Lucy Landymore e Aleksandra Suklar, entre outros.

The World of Hans Zimmer – a Symphonic Celebration
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O espetáculo é feito de conjuntos de arranjos de temas, para orquestra, de filmes conhecidos. São acompanhados de vídeos e uma combinação impressionante de efeitos luminosos. A música é, geralmente, introduzida por vídeos, em que de forma quase espontânea, Hans Zimmer, filmado no sofá do seu estúdio, nos fala das histórias por detrás da conceção da banda sonora que irá ser apresentada de seguida.

O tom é tão informal e coloquial que aproxima o público da sua grandiosa obra. Faz com que nos sintamos cúmplices neste processo de “making of”. Ficámos assim, a saber, como contratou ele a cantora Lisa Gerrard (para juntar uma componente feminina ao Gladiador, interpretado por Russel Crowe) e como esse trabalho desembocou uma sólida relação de amizade, as razões que o levou aventurar-se no cinema de animação (pura diversão!) como é o caso de Rei Leão, Panda do Kung Fu ou Madagascar.

O sofá é também partilhado por elementos chave do processo, como é o caso de Ron Howard, realizador de O Código Da Vinci, ou Nancy Meyers, a escritora e diretora da comédia romântica The Holiday. Nas suas palavras, Hans Zimmer “consegue dizer mais, sem palavras, o que eu demoro um ano a escrever”.

Lisa Gerrard

A sessão, que se iniciou às 21h00, durou quase até às 24h00, com um intervalo de 20 minutos no meio. E foram muitos os estados de euforia que percorreram a assistência. Do sobressalto inicial com O Cavaleiro das Trevas, ao ritmo de festa de flamenco em Missão Impossível 2, ao sentimento de romance exacerbado de Pearl Harbour, à velocidade vertiginosa das corridas de carros em Rush.

Mas sem dúvida que, o momento alto da noite foi quando, a meio de “Time” de A Origem, o próprio Hans Zimmer entra em palco, a tocar guitarra, de sorriso largo. Aplaudido de pé, por todos, teve oportunidade de nomear cada um dos músicos e artistas da noite e agradecer a presença.

A noite fechou com a música de Os Piratas das Caraíbas e a promessa de regresso ainda este ano, para um novo espetáculo, a 8 de dezembro. Os bilhetes já se encontram à venda nos locais habituais e custam entre 31,90 euros (Balcão 2) e 225,14 euros (Pateia VIP I).

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