O objecto de investigação para este trabalho foi o Quénia na África Oriental. O fotógrafo apresenta-nos o resultado final onde procura fugir do caminho fácil do exotismo equilibrando-se entre a magia étnica e a beleza dos contrastes gerados pelo embate entre a ancestralidade e a globalização.
As 20 imagens que compõem “Luz Negra”, todas a preto e branco, revelam aspectos quotidianos e culturais de três tribos do Quénia e Tanzânia: Maasai, Pokot e Samburu.
“Os adornos feitos pelas mulheres da tribo Maasai, por exemplo, carregam um mundo rico em códigos sociais que se materializam em belas formas, cores e padrões. Antes feitos de sementes, fibras vegetais e couro de zebras, leões, gnus e outros animais selvagens, hoje empregam miçangas plásticas, nylon e tecidos. Muda-se o significante, mas não o seu significado”, explica o fotógrafo.
A exposição, que esteve patente ao público no Museu da Imagem e do Som em São Paulo, inaugura no Centro Cultural de Cascais, no próximo dia 5 de Setembro. Será possível visita-la de 6 de setembro a 2 de novembro de 2014, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00 e tem entrada grátis.
Texto de Teresa Leal