O Império Otomano desmorona-se e a minoria arménia é perseguida. Apanhada na voragem dos acontecimentos, a família Sarkisian refugia-se em Constantinopla. Apesar da tragédia que o rodeia, o pequeno Kaloust deixa-se encantar pela grande capital imperial e é ao atravessar o Bósforo que pela primeira vez formula a pergunta que havia de o perseguir a vida inteira: “O que é a beleza?”
Cruzou-se com a mesma interrogação no rosto níveo da tímida Nunuphar, nos traços coloridos e vigorosos das telas de Rembrandt e na arquitetura complexa do traiçoeiro mundo dos negócios, arrastando-o para uma busca que fez dele o maior colecionador de arte do seu tempo.
Mas Kaloust foi mais longe do que isso. Tornou-se o homem mais rico do planeta.
Inspirado em factos reais, O Homem de Constantinopla reproduz a extraordinária vida do misterioso arménio que mudou o mundo – e consagra definitivamente José Rodrigues dos Santos como autor maior das letras portuguesas e um dos grandes escritores contemporâneos.
Mas este será apenas o primeiro de dois volumes dedicados ao filantropo arménio. Para 23 de novembro está previsto o lançamento de Um Milionário em Lisboa, livro que abarca os anos de 1942 a 1955, que Gulbenkian passou em Portugal.
Editado pela Gradiva na coleção Obras de José Rodrigues dos Santos, O Homem de Constantinopla é apresentado a 21 de setembro, como já vem sendo habitual, na Sociedade de Geografia de Lisboa. O evento, que decorre a partir das 17h00, conta também com uma exibição de danças orientais.
O Homem de Constantinopla estará à venda nas livrarias nacionais a 19 de setembro por 19,80 euros.
Texto de Alexandra Gil Foto de Francisco Padrão Mota