Graças ao desafio lançado pela Associação Sons da Lusofonia e a EGEAC a um grupo de consultores, o Lisboa Mistura regressa renovado, assumindo-se como um espaço de olhos postos nas mais recentes linguagens e tendências culturais.
A iniciativa arranca no dia de Santo António com Kiran Ahluwalia e Baloji, que fazem a festa no Martim Moniz com os sons vindos da Índia e do Congo. O Castelo junta-se ao Lisboa Mistura a 14, com o concerto de Aziz Sahmaoui & University of Gnawa, projecto musical que traz a Lisboa os ritmos de Marrocos e do Senegal. No dia seguinte chega a vez da Nigéria tomar o Castelo de assalto com Tony Allen.
A 20 de junho, as muralhas caem rendidas à sonoridade do Mali e de França, com a aliança musical entre Lansiné Kouyaté e David Neerman. A Bélgica será representada no Castelo por Zap Mama, projeto da cantora Marie Daulne que reúne influências do hip-hop, do nu-soul, do jazz e da pop. A 22 de junho, no Martim Moniz, Family Atlantica – grupo formado pelo londrino Jack Yglesias e pela sua mulher, a poetisa e cantora venezuelana Luzmira Zerpa – antecede o concerto de encerramento a cargo do sírio Omar Souleyman.
Quem passar pelo Martim Moniz, entre 14 e 22 de junho irá desfrutar, ao final da tarde, das propostas da Oficina Portátil das Artes, projecto dirigido a jovens dos bairros da Grande Lisboa que desenvolvem artes performativas. Do programa fazem parte música, dança e workshops.
Os concertos do Castelo de São Jorge têm início marcado para as 22h00. Os bilhetes custam 8 euros e podem ser adquiridos nos locais habituais. Já no Martim Moniz, os espetáculos estão agendados para as 21h30 e as 23h30. As Oficinas Portáteis de Arte oferecem atividades às 18h30, 19h00 e 19h30, com excepção para dia 22, em que decorrem às 19h30 e às 20h00. A entrada no largo da Baixa é gratuita.
Texto de Alexandra Gil