Filipe Melo e João Pereira recriam o universo sonoro para a emblemática obra de Chris Marker numa sessão especial, que conta com a narração de Beatriz Batarda. É já no dia 28 de novembro, no Teatro Maria de Matos, que podemos assistir à La Jetée, pelas 21h00.
Realizado em 1962, La Jetée é mais do que um filme. É uma experiência revolucionária de enorme criatividade, que, cruzando várias artes, representa na perfeição o espírito inovador da Nouvelle Vague, através do recurso narrativo de fotomontagem (cerca de 200 fotografias em 26 minutos).
Com uma premissa simples – um homem é obrigado a viajar no tempo para encontrar uma solução para o destino da humanidade -, a longa-metragem conta-nos uma parábola pós-apocalíptica, oferecendo-nos uma sofisticada reflexão sobre o tempo, a infância e a memória.
A imobilidade das imagens contrasta com a força poética e dinamismo, colocando uma interrogação sobre o próprio conceito de mise-en-scéne: “A originalidade do filme fez com que se tornasse rapidamente um marco na história da Ficção Científica, tendo inspirado filmes como 12 Monkeys ou Ghost in the Shell.
Os bilhetes estão à venda no local, e custam 12 euros.