Mário, Um Bailarino no Estado Novo está de regresso ao cinema São Jorge, em Lisboa.
O espetáculo é um monólogo com texto e encenação de Fernando Heitor, que, de forma ficcionada, conta a história da vida de Valentim de Barros, um bailarino homossexual que durante a Ditadura do Estado Novo foi perseguido e internado devido à sua orientação sexual.
MÁRIO” é um monólogo onde o ator conta a história dum rapaz da Cruz de Pau que nos anos 20 do século passado sonha ser bailarino.
Foge de casa dos pais em miúdo e chega a Lisboa, pouco tempo antes do 28 de Maio de 1926. Era, então, um menino que se sentia diferente, ostracizado pela família, mas bem consigo próprio.
É obrigado a crescer rapidamente. As desilusões, as adversidades e a violência que enfrenta não o desviam um milímetro do seu intuito de fazer parte do mundo da Dança. Consegue-o. Depois de muita humilhação e sobretudo muito trabalho, torna-se bailarino, reconhecido em Portugal e sobretudo em alguns países, como a França, a Argentina e o Brasil, onde vive ao longo de vários anos.
A sua feminilidade e o desejo crescente de se assumir como mulher, de se travestir, trazem-lhe constantes problemas com as autoridades policiais. É isso que o faz fugir de terra em terra.
Regressa a Portugal no Pós-Segunda Guerra Mundial e pouco tempo depois é preso por atentado à moral pública e aos bons costumes vigentes. É encarcerado num hospital psiquiátrico para “tratamento”, onde é obrigado a passar o resto da vida.
Estreado em agosto de 2019, quase sempre com sessões esgotadas, Mário, um Bailarino no Estado Novo é protagonizado por Flávio Gil e estará em cena de quarta-feira a sábado, às 19h00, de 22 de julho a 1 de agosto de 2020. Esta será a sua terceira e última temporada em Lisboa.
Os bilhetes estão à venda na bilheteira do cinema, e custam 10 euros.