Direccionada para toda a família esta exposição congrega 30 quadros ilustrativos de ilustração científica contemporânea, realizados com materiais tradicionais como a tinta-da-china ou a grafite, e que refletem pormenores minuciosos do mamífero nocturno insectívoro. Esta mostra contribuiu não só para dar a conhecer os detalhes do morcego, fundamentais para a identificação das espécies, como também para divulgar a vulnerabilidade do morcego face às alterações ambientais que lhe são uma ameaça e realçar a sua importância na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.
De acordo com a Directora da Tapada Nacional de Mafra, Alda Mesquita: “A Tapada é um espaço único com uma diversidade imensa de habitats que permitem a existência de um grande número de espécies, algumas com um elevado valor de conservação.” Continua: “A par dos animais mais emblemáticos da Tapada Nacional de Mafra como o gamo, o veado, o javali ou a raposa já foram identificadas, das 27 espécies de morcegos existentes em Portugal, 12 espécies nas árvores centenárias da Tapada. Por isso, esta exposição temporária é também uma forma de proteger e de divulgar a comunidade de morcegos existente na área e, ao mesmo tempo, alargar a oferta das actividades já existentes na Tapada.”
Salienta-se ainda, na óptica da preservação destes pequenos mamíferos, a realização do BatBlitz. Esta acção de monitorização, dedicada à comunidade científica e que tem como finalidade a inventariação das comunidades de morcegos da Tapada Nacional de Mafra, será efectuada no final do mês de Maio pelo CIR (Centro de Investigação da Regaleira) e pela Tapada Nacional de Mafra.
A Tapada de Mafra está a berta ao público todos os dias da 9h30 às 17h00.
Texto de Susana Sena Lopes