Esta exposição faz parte de um conjunto de actividades que a Associação promove no sentido de sensibilizar a população para a riqueza patrimonial deste instrumento e da sua prática. Desta vez, convidou 70 artistas – a maioria jovens criadores, de onde se contam nomes como Amélia Muge ou André Letria – de vários pontos do País propondo a cada um deles um cavaquinho como suporte de intervenção plástica.
Após a realização nas cidades referidas, a exposição ficará disponível a todas as instituições de Portugal e estrangeiro que a requisitem.
A sua preparação foi possível através do patrocínio inicial da fábrica industrial de instrumentos musicais – APC –, a que se juntou a fábrica artesanal – Artimúsica – e dez artesãos individuais: Alfredo Machado, António Faria Vieira, António Monteiro, Carlos Jorge Pereira Rodrigues, Domingos Machado, Fernando Meireles, José Gonçalves, Mário Estalisnau, Nuno Russel e Víctor Félix que construíram os restantes cavaquinhos para serem intervencionados pelos artistas plásticos.
Por ocasião da exposição será ainda lançado um Livro de Arte concebido pela Associação Museu Cavaquinho, com fotografia de José Manuel Costa Alves e design de Salomé Nascimento. Este livro – em quadricromia e de capa dura – tem 160 páginas e inclui um conjunto de imagens – de ângulos diferentes – de todos os Cavaquinhos que foram objeto de intervenção plástica, e vai à venda não só nos locais da Exposição mas também nas livrarias e museus.
A Associação Cultural e Museu Cavaquinho — cuja figura central e Presidente da Direção é o músico Júlio Pereira, principal responsável pelo renascimento e reactualização do instrumento — foi constituída em Julho de 2013 e tem como fim documentar, preservar e promover a história e a prática do cavaquinho.
Desde então a Associação tem trabalhado nos bastidores, criando as condições necessárias à investigação do instrumento, através das ligações com musicólogos, historiadores, etno-musicólogos e antropólogos e celebrando protocolos com as comunidades académica e associativa, Municípios e também com a Direcção Geral do Património Cultural.
No Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, a exposição estará patente até 12 de janeiro de 2015.
Texto de Susana Sena Lopes