O Museu da Música, na Estação de Metro do Alto dos Moinhos, tem patente ao público a exposição Tempos e Contratempos: Expectativas e Realidade na Criação de um Museu Instrumental durante a 1.ª República, inserida nas celebrações do Centenário da República.
A mostra é comissariada pela historiadora Ana Paula Tudela, e pretende reflectir sobre diferentes temas, pessoas, e perspectivas históricas e musicais que envolvem a 1.ª República na esfera do nascimento do Museu, destacando-se a figura de Michel’angelo Lambertini, a colecção de Alfredo Keil e o papel de José Relvas e ao mesmo tempo reflectir sobre a sua existência actual e sobre o seu futuro.
Até dia 26 de Fevereiro, cerca de cem peças, entre instrumentos musicais, correspondência, pintura, fotografias e recortes de imprensa da época, distribuídas por quatro núcleos, pretendem dar a conhecer a história do museu, dos coleccionadores, colecções e os seus mentores, como por exemplo Alfredo Keil, do século XIX, passando pela tentativa de criação do Museu do Conservatório, em 1915, até ao período entre 1920 e 1926, e a colecção museu particular que Lambertini procurou pôr de pé em sintonia com o desenrolar da experiência republicana, que cai por terra com a sua morte e a de Carvalho Monteiro, mas que veio dar origem com o tempo à actual colecção museológica.
O museu está aberto ao público de terça-feira a sábado, das 10h00 às 18h00, e encerra aos domingos, segundas, feriados de Ano Novo, 1.º de Maio e Dia de Natal. O bilhete de entrada tem um preço de 2 euros.
Texto de Clara Inácio