E se lhe propusessem um jantar a começar no café e a terminar nas entradas? A iniciativa dá pelo nome de Jantar Invertido, tem lugar hoje, na Casa do Alentejo e é promovida pelo Museu do Relógio que está a celebrar 20 anos.
Esta refeição tem hora de início marcada para as 20h30 conta também com a apresentação pública do relógio INVERSO XX. Este relógio, 100% manufaturado e de movimento mecânico, diferencia-se de qualquer outro relógio mecânico pelo facto de o sentido dos ponteiros do relógio ser na direção oposta ao normal, isto é, funciona da direita para a esquerda. O mesmo acontece com a corda do relógio se dá no sentido… Inve?so!
A história do Museu do Relógio remonta a 1972, quando António Tavares d ‘Almeida (1948-2012), o principal dinamizador deste espaço herdou dos seus avós três relógios de bolso avariados. A partir de então, o colecionador procurou relógios por o mundo, restaurando-os e aumentando o espólio. Em 1995, abre a sua coleção ao público, na então vila de Serpa, sua terra natal. Desde então perto de 400 relógios avariados foram doados ao Museu, que com a colaboração dos seus Mestres relojoeiros são recuperados e mostrados ao público. Em Dezembro de 2011 deu-se a expansão do espólio com a abertura do Pólo de Évora, sedeado no imponente Palácio Barrocal, junto à famosa Praça do Giraldo.
No espólio do Museu constam mais de 2.500 peças todas mecânicas, datadas desde 1630 até aos dias de hoje, contando com exemplares de bolso, pulso, sala, entre outros. Uma das salas de exibição é dedicada ao relógio de origem nacional, onde temporariamente decorrem exposições temáticas.
O Museu do Relógio encontra-se sedeado no Convento do Mosteirinho em Serpa, onde ocupa dez salas. Dispõe também de uma Oficina de Restauro onde os seus Mestres-Relojoeiros procuram dar vida a todo e qualquer relógio mecânico, restaurando mais de 500 relógios/ano para colecionadores, pessoas particulares e instituições de toda a Europa. Um pequeno jardim, um bar e uma biblioteca com mais de 600 livros temáticos complementam o espaço.
Por Tânia Fernandes