O Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa apresenta duas exposições onde a Biodiversidade ocupa o tema central: ADN Ambiental – Descobrir a Biodiversidade numa Gota de Água e Ar no Mar – As Aves do Oceano Profundo.
Descobrir como o estudo da biodiversidade está a mudar graças à possibilidade de extrair ADN do ambiente ou conhecer melhor as aves oceânicas são as duas temáticas mais recentes em exposição no MUHNAC-ULISBOA
ADN AMBIENTAL – DESCOBRIR A BIODIVERSIDADE NUMA GOTA DE ÁGUA
“Já pensou se conseguíssemos saber quais as espécies presentes num ambiente, sem precisar de as capturar, ver ou ouvir? Na verdade, todas as espécies deixam vestígios no ambiente, a partir dos quais é possível extrair DNA e usá-lo para as identificar.”
A exposição ADN Ambiental – Descobrir a Biodiversidade numa Gota de Água pretende mostrar ao grande público como o ADN ambiental está a mudar o estudo da biodiversidade. Através da extração de vestígios de ADN deixados no ambiente, os investigadores conseguem identificar as espécies existentes num ambiente sem ser necessário a sua captura ou observação. Esta exposição foi desenvolvida por uma equipa de investigadores da Universidade de Lisboa, nomeadamente do MARE, do MUHNAC – Museu Nacional de História Natural e da Ciência, do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, em colaboração com investigadores do CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e da Universidade de Oslo.
A mostra pode ser vista até 31 de dezembro de 2022.
AR NO MAR – AS AVES DO OCEANO PROFUNDO
As aves do oceano profundo são um grupo de animais globalmente muito ameaçado de extinção e quase desconhecido do grande público. São voadores exímios que passam a maior parte do tempo no alto-mar e só vêm a terra para se reproduzir, geralmente em ilhas pouco acessíveis, que visitam na penumbra da noite. Portugal é particularmente importante para este grupo de animais: aqui existem 3 espécies que não ocorrem em mais nenhum sítio do mundo (endémicas), e também populações muito importantes de várias outras espécies. São todas elas predadores de topo, desempenhando um papel fundamental no equilíbrio do ecossistema oceânico. Apesar disso, raramente são lembradas quando se evoca a biodiversidade marinha.
A exposição propõe dar a conhecer este grupo de aves, através de uma viagem oceânica sensorial (sons, espécimes, vídeos e outras componentes visuais) que atravessa diferentes espaços, onde se disponibiliza informação sobre a diversidade e distribuição das várias espécies; a peculiaridade das adaptações ao estilo de vida em terra e no alto-mar; os endemismos portugueses, nomeadamente as que estão em risco de extinção; os fatores de ameaça à sua sustentabilidade e as medidas de conservação aplicadas para evitar o seu desaparecimento.
A mostra pode ser vista até até 20 de novembro.
O Museu Nacional de História Natural e da Ciência pode ser visitado de terça a domingo, das 10h00 às 17h00, e os bilhetes podem ser adquiridos no local e online, e custam 2,50 euros para estudantes (a partir dos 10 anos) e 5 euros para os adultos.