O segundo dia do ModaLisboa Freedom arrancou com o desfile de V!tor no espaço Lab, com uma coleção que celebra a vida e que se reflete em morte. O estilista apresenta-nos propostas onde o preto tem destaque, numa encenação do seu próprio funeral, jogando com tecidos leves, algodões e alguns materiais sintéticos, e dando realce aos detalhes.
“Futuralma” é o nome da nova coleção de Katti Chiomara, onde a estilista apresenta uma conceção ideológica do sonho futurista, mas com uma visão realista. Numa abordagem de autorrenovação “as peças compõem-se e decompõe-se numa ou diversas (…) reciclando a sua utilização de forma prática, inteligente e divertida.”, numa palete de cores primárias que mistura tecidos lisos e texturas.
Os estampados de Dino Alves coloriram a passerelle no terceiro desfile da noite, combinando com peças em tons neutros de cinzas, castanhos e branco. Facilmente identificada a inspiração oriental nas silhuetas justas e longas, que contrasta com as peças curtas e oversized.
Neste segundo dia de desfiles coube a Ricardo Preto, as honras de encerramento, apresentando uma coleção que, embora seja uma proposta para o inverno, nos faz lembrar a primavera, com os tecidos leves e esvoaçantes, com cores suaves, nacarados e pasteis, que transmitem tranquilidade, levando-nos para o universo de sonho e onde encontramos alguns apontamentos de cor.
Mais um dia de desfiles na ModaLisboa Freedom chega ao fim. Um dia que começou em tons de negro e que gradualmente foi alargando a sua palete de cores até chegar às tonalidades que fazem invocam a primavera, porque o inverno também tem cor.
Texto de Vânia Marecos Fotos de Sara Santos