Anunciada foi também a compra dos direitos da adaptação cinematográfica pela produtora Lionsgate, mas os detalhes ficam-se mesmo por aqui.
A obra questiona a imagem de Jesus Cristo como um líder espiritual, apresentando-o sim como um homem politizado, que acabou torturado e executado porque ameaçava a ordem estabelecida. O escritor e académico iraniano radicado nos Estados Unidos dá ênfase aos factos históricos e humanos, opondo-se ao dogmatismo teológico e colocando Jesus ao lado dos Zelotas, nacionalistas radicais que consideravam a resistência aos romanos um dever sagrado.
Estrondoso sucesso de vendas nos EUA, O Zelota assumiu o estatuto de best-seller após uma entrevista de Aslan à Fox News, durante a qual a jornalista pôs em causa a legitimidade de um muçulmano escrever sobre Jesus Cristo. No Reino Unido, a impressão foi apressada para não perder o efeito da entrevista e a publicação ficou assim garantida em outros países.
Reza Aslan, hoje como 41 anos, tinha apenas sete quando emigrou com a família do Irão para os Estados Unidos, mudança essa provocada pela revolução islâmica de 1979. Convertido ao cristianismo, acabou por voltar a ser muçulmano ao estudar a teoria das religiões.
Texto de Alexandra Gil