O Polvo Prodígio destaca-se pela estratégia única de capturar as suas presas. Este animal enterra-se totalmente na areia, deixando de fora unicamente os olhos, que se situam no topo da cabeça, de forma a controlar o movimento das futuras presas.
O Peixe Leão Anão tem um apetite voraz. Parte em busca das suas presas, de forma dissimulada, ao amanhecer ou no crepúsculo, para as apanhar desprevenidas.
O Góbio e o Camarão Tropical são uma formidável dupla de trabalho, cada um com o seu papel. O Camarão Tropical produz um estalo que emite um som com mais de 100 joules. Esta onda de choque supersónica aniquila as presas. No entanto, o Camarão Tropical vê muito mal e é aqui que o Góbio tem um papel fundamental. Esta espécie habita por cima da toca do Camarão Tropical, funcionando como os seus “olhos”. As antenas do Camarão ficam em contacto com a cauda do Góbio, que a agita com voracidade quando deteta algum perigo.
Já a Tartaruga Serpentina parece uma criatura pacata mas surpreendentemente faz parte desta lista de talentosos predadores. O seu ar extremamente calmo contrasta com a rapidez com que estica o pescoço e se desloca dentro de água usando as aguçadas garras das suas patas, o que em ambos os casos é uma mais-valia na hora da alimentação.
As características de predação do Camaleão de Iémen vão mais longe. Os seus olhos são rotativos, o que significa que um olho pode estar a olhar para cima e o outro para baixo, tendo uma noção muito alargada da realidade que o rodeia. Para complementar, tem uma língua adesiva e comprida, chegando a ter quase 1.5 vezes o seu tamanho.
Estes são os animais que estarão em exposição no SEA LIFE Porto, durante o ano de 2015. A mostra tem também um carácter interativo, proporcionando várias atividades lúdicas aos visitantes que poderão tirar fotografias simulando que são a presa de um esfomeado polvo e poderão interagir com a língua de um camaleão desenhado na parede.
O SEA LIFE Porto organiza ainda as “Provas de Talentos” diárias, onde os visitantes vão poder assim assistir à alimentação dos predadores in loco com desafios à mistura.
Texto de Sandra Mesquita
