Os Peste & Sida anunciaram, esta terça-feira, na Galeria Monumental em Lisboa, o lançamento do novo álbum de originais Não Há Pão. A boa disposição e um brinde com o vinho com o rótulo da banda animaram o encontro.
João San Payo, o baixista e vocalista da banda explicou-nos que este é o oitavo álbum de originais da banda, que começaram a gravar ainda durante a pandemia. “Foi condicionado pelas sucessivas infeções. Primeiro de alguns músicos, depois do produtor… foi à vez. Por isso demorou bastante tempo a fazer.” Foi produzido por Emanuel Ramalho, com quem já tinham trabalhado em 1989, no disco Portem-se Bem de onde saíram sucessos como “Paulinha”, “Gingão” ou “Sol da Caparica”. Voltaram a colaborar em 1992 connosco, em Eles Andam Aí e no trabalho anterior, de 2011 Não Há Crise. Dez anos depois, “decidimos fazer com ele, porque ele percebe muito bem o que é Peste & Sida e todo o conceito da banda. Ele consegue definir connosco a sonoridade que nós gostamos” acrescenta.
Referiram na apresentação do trabalho que a capa de Não Há Pão é inspirada na última ceia de Cristo. Remete para a guerra na Ucrânia e o problemas que o mundo tem vindo a assistir com o conflito. O disco, que chega às lojas dia 11 de novembro, tem dez faixas, entre elas três versões: uma de Zeca Afonso, outra de Sílvio César e ainda uma dos Roquivários, banda de rock portuguesa do início da década de 1980.
Nesta sessão de apresentação deram a conhecer o primeiro videoclip: “Não te Cures”.
A banda constituída em 1986 já passou por várias formações, mas continua a ter um público muito fiel. João San Payo explicou-nos que “é um público que tem crescido connosco e já traz uma geração abaixo. Há aquela malta que nos acompanha de há 30 anos e há malta que se vai juntando. A família Peste & Sida está sempre em crescimento!”
Uma nova digressão de concertos já está a ser planeada. “Nós quando vamos para cima do palco é para rockar. É aquilo que sabemos fazer, que gostamos de fazer e o que quem quer ver Peste & Sida vai ver. Portanto não vamos defraudar as pessoas.”
Até fevereiro, vão estar em algumas pequenas salas do país a apresentar o novo álbum e o novo espetáculo. “É um espetáculo novo onde vamos ter um reforço de dois saxofones, uma secção de metais, para apresentar este trabalho. Portanto, para além da hora e meia de espetáculo que tínhamos vai crescer talvez para duas horas” antecipa.
A 11 de novembro atuam na ADAO – Associação Desenvolvimento Artes e Oficios, no Barreiro e a 12 de novembro atuam no Pátio do Sol, na Fábrica da Pólvora de Barcarena. Em ambos os concertos, a primeira parte é assegurada por Rosa Sparks. Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais, com preços entre os 12 e os 15 euros.