Dois festivais, quatro tertúlias com ateliers da arquitetura nacional emergentes e duas exposições, uma dedicada a quem habita obras de Álvaro Siza e uma representação oficial de Espanha na última Bienal de Arquitetura de Veneza, compõem a programação do ciclo que a Trienal vai lançar. Da videoarte à música, da arquitetura aos sistemas alimentares, todas as iniciativas têm entrada gratuita.
Com uma agenda a fervilhar de propostas para o fim do verão, o Pólo Cultural da Trienal, voltou a abrir as portas a 30 de agosto com uma sessão da 16ª edição do festival internacional de videoarte FUSO, que pelo 3º ano consecutivo transforma o pátio da sede do polo cultural da Trienal de Lisboa, o Palácio Sinel de Cordes, numa sala de cinema ao livre.
A 19 de setembro tem início o ciclo de tertúlias “Conversas et al.”, entre o público e uma nova geração de talentos portugueses que fundaram ateliers de arquitetura sediados em diferentes territórios: Porto, São Miguel, Coimbra e Lisboa. São quatro conversas, sempre à quinta-feira, pelas 18h30, numa periodicidade quinzenal.
A 19 de Setembro, com o atelier Mero Oficina, seguido pelo Mezzo Atelier (3 de outubro), o Branco del Rio (17 de outubro) e KWY (31 de outubro). Cada atelier traz uma pessoa cúmplice e um objeto que ajuda a desconstruir os seus processos criativos.
A exposição Habitar Siza: A Arquitetura Por Quem Lá Mora, que inaugura a 10 de setembro, “procura preencher a lacuna de investigação existente sobre a obra de Álvaro Siza, relativa à quase ausência de estudos sobre a receção e apropriação da sua arquitetura por quem lá mora”, lê-se no site da Trienal. São analisados três casos, a saber, a população de baixos rendimentos para quem o Bairro da Bouça no Porto foi originalmente concebido, a população de classe média-baixa da Malagueira em Évora e a população de rendimentos muito altos dos Terraços de Bragança em Lisboa.
Ao comer, digerimos territórios: Foodscapes, a exposição que representou Espanha na Bienal de Arquitetura de Veneza, tem inauguração marcada a 14 de setembro e estará patente no Pólo Cultural da Trienal até 14 de dezembro. A partir de vários documentários vídeo foca o contexto agro-arquitectónico espanhol, o motor alimentar da Europa a partir de uma série de vídeos documentais, que mostram o que se esconde por trás dos nossos alimentos, em plena crise energética.
Com curadoria de Eduardo Castillo-Vinuesa e Manuel Ocaña, Foodscapes estuda a forma como a comida é produzida, distribuída e consumida e olha para o futuro para explorar outros modelos possíveis, capazes de alimentar o mundo sem devorar o planeta.
Inserida na Mostra de Espanha em Portugal, a exposição encerra a programação de artes visuais do Pólo Cultural da Trienal em 2024, que arrancou em janeiro com Fertile Futures, a representação Portuguesa na mesma Bienal de Arquitetura de Veneza.
A programação completa pode ser vista aqui.