Depois de Celebrar Serralves em 2019, ano que celebrou os 30 anos da Fundação e os 20 do Museu de Serralves, a Fundação de Serralves destaca este ano O Jardim-Escola da Liberdade, mostra de Yoko Ono, dedicada à artista e viúva de John Lennon; Uma Série de Interpretações Absolutamente Improváveis, Ainda Assim Extraordinárias, de Arthur Jafa e Desenvencilhar um Tormento de Louise Bourgeois, patente de outubro 2020 até julho de 2021.
“A Fundação prepara-se para + SERRALVES, uma programação que “pretende uma integração coerente entre as diversas valias da Fundação, entre o seu Museu e a sua coleção, o seu Parque e a Casa do Cinema Manoel de Oliveira permitindo abordar e interagir com os seus visitantes e a comunidade como um todo, com uma programação onde a inovação social ocupará uma centralidade que se pretende transformadora de comportamentos, contribuindo ativamente para a construção de novos paradigmas assentes nos princípios de uma economia circular que permitam construir uma sociedade verdadeiramente atenta ao seu tempo e aos seus desafios”, explicaram os seus responsáveis aquando a apresentação.
O Jardim-Escola da Liberdade, que vai estar patente de maio até outubro, trará Yoko Ono a Portugal, reúne objetos, obras em papel, instalações, performances gravações em áudio e filmes, além de materiais de arquivo raramente vistos da artista.
Já no dia 31 de janeiro inaugura a mostra Orient Express – Viagem de Retorno, “Ao longo de cerca trinta anos foi criado um espólio de maquetes e outras peças que foram usadas em exposições da Obra do arquiteto Álvaro Siza. A maioria das exposições onde este material expositivo foi usado, ou exposto, teve a curadoria do arquiteto Carlos Castanheira que o mantinha à sua guarda. Muitas destas peças, em especial maquetes de madeira e maquetes de cartão foram emprestadas para muitas outras exposições organizadas e curadas em todo o mundo, como por exemplo as que fazem parte da exposição (in)Disciplina patente no Museu de Serralves.” Vai ficar patente até 29 de março.
Patente de fevereiro a junho 2020, a mostra Uma Série de Interpretações Absolutamente Improváveis, Ainda Assim Extraordinárias, de Arthur Jafa, distinguido com o Leão de Ouro na Bienal de Veneza, em 2018. O cineasta que nos últimos anos desenvolveu trabalho em vídeo, fotografia, colagem e escultura apresenta, pela primeiro vez, o seu trabalho em Portugal. A exposição reflete “a ausência de liberdade de um povo oprimido pela sua história, pelo seu presente e pela forma como ambos têm sido representados em narrativas fragmentadas, através da iconografia, dos estereótipos, da cultura popular e dos meios de comunicação social”.
A exposição Desenvencilhar um Tormento de Louise Bourgeois, que agrega um conjunto de 30 esculturas, nunca antes vistas em Portugal, da criadora franco-americana, poderá ser visitada de outubro até julho de 2021.
Da programação apresentada nota ainda para as exposições O Sol Não Se Mexe, Capítulo 35, de R. H. Quaytman, “História numa sala cheia de gente com nomes esquisitos 5”, de Korakrit Arunanondchai, e ainda a primeira retrospetiva dedicada ao trabalho da dupla João Maria Gusmão e Pedro Paiva.
No cartaz, destaque para os já habituais e esperados eventos de Serralves, como o Serralves em Festa, a decorrer nos dias 5, 6 e 7 de junho; o Bioblitz, de 23 a 29 de março e ainda a Festa do Outono, no fim de setembro.