Home Cultura Arte & Exposições Restauradores e Rossio enchem-se de cor com “Las Torres de La Alhambra”

Restauradores e Rossio enchem-se de cor com “Las Torres de La Alhambra”

“Las Torres de la Alhambra” é o nome da exposição de esculturas urbanas, que está patente ao público, na Praça dos Restauradores e zona envolvente, composta por 16 esculturas em fibra de vidro policromada, da autoria do espanhol Cristóbal Gabarrón, numa homenagem às Torres de Alhambra, emblemático monumento de Granada (Espanha), classificado como Património Mundial e eleito como uma das novas 7 Maravilhas do Mundo.

A exposição está instalada na Baixa Lisboeta, entre a Praça dos Restauradores, a Praça Dom João da Câmara e o reabilitado Largo Duque do Cadaval – respectivamente em frente e nas traseiras do Terminal de Comboios do Rossio, e é comissariada por Margarida Prieto.

As esculturas de porte monumental (algumas chegam a pesar perto de 400 quilos), “vão dar muita alegria e enriquecer a cidade de Lisboa, sobretudo numa época em que as pessoas andam muito tristes”. Segundo Margarida Prieto revelou ao C&H, esta exposição, que “é dirigida aos lisboetas”, tem como “objectivo fundamental fazer com que quem cruza todos os dias estas ruas, atravessa estas artérias e entra na Estação do Rossio, inicie o dia ou o termine levando consigo um pouco desta policromia, ajudando-as a ter uma dia mais feliz”.

Recortada acima da montanha vermelha, Alhambra, com o seu perfil de torres e varandas que se elevam acima da luz da manhã, o labiríntico bairro islâmico, modificado ao longo dos séculos, tem sido uma fonte inesgotável de inspiração para escritores, artistas, poetas e músicos.

Cristóbal Gabarrón numa aproximação ao monumento espanhol, dedica-lhe uma homenagem muito pessoal, através da qual pretende “transmitir o espírito que se vivia em Alambra há mais de cinco séculos, quando conviviam todas as culturas (cristã, judia, entre outras). Nessa altura havia tolerância e respeito pelas diferenças, enquanto que actualmente não há tolerância no mundo, não há diálogo e, sobretudo, não há convívio entre as sociedades”. Desta forma, o artista, de natureza marcadamente internacional, em declarações ao C&H faz uma “chamada de atenção para a necessidade de dialogar, respeitar as diferenças e, principalmente, de conviver”.

A mostra foi inaugurada na passada quinta-feira, dia 10 de Setembro, e vai ficar patente ao público até dia 10 de Novembro, numa iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, em parceria com a Caja Duero.

Texto de Cristina Alves
Fotos cedidas pela CML

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