Procura uma alternativa ao tradicional brunch? Quer uma boa refeição, para um começo de dia tardio com uma combinação de pratos de influência judaica, árabe e mediterrânea? Marque mesa no Tantura, em pleno Bairro Alto, em Lisboa.
Elad foi o nosso anfitrião, ao final da manhã de sábado. O sol iluminava as ruas – a esta hora tranquilas – do Bairro Alto e no Tantura começava a preparação de mais um longo dia de refeições. Aos fins de semana, das 12h00 às 15h30 há um menu especial de brunch, com várias opções divididas em entradas, pães, saladas, ovos e sobremesa.
Embarcámos numa viagem à descoberta da cozinha israelita que foi também uma porta aberta à cultura. Tudo o que vem para a mesa, é cozinhado no Tantura, incluindo a grande variedade de pães que ficámos a conhecer. Face ao desconhecimento de muitos dos ingredientes, Elad foi incansável a abrir-nos a janela do conhecimento.
Um dos cestos inclui uma variedade de pães. Há com beterraba, de tomilho, de azeitona, noz ou com especiarias. Há também a opção de Kubena. Trata-se de um pão tradicional do Iemen, muito popular em Israel e na Síria. É geralmente cozido em um forno de pedra durante a noite e consumido de manhã com uma variedade de acompanhamentos. É um pão macio e levemente doce, que é enrolado em camadas e servido quente. Vem acompanhado de um molho de iogurte e tomate.
Elad explica-nos que o brunch é uma refeição importante em Israel, pois é uma oportunidade de juntar a família e amigos à mesa e partilhar um conjunto diferente de pratos.
Deu-nos também a conhecer o bagel de Jerusalém que, localmente, é vendido em jornal de papel. No Tantura chega à mesa com um prato de especiarias e a combinação dos dois é perfeita.
A lista de entradas é vasta e precisámos de ajuda para perceber alguns dos pratos. Há opções como Labanea (molho de iogurte com azeite), Baba-ganush (especialidade popular em ementas vegan, junta beringela assada, tahine – pasta feita de sementes de gergelim muito usada na cozinha do Oriente Médio- e azeite, além de outros temperos), Húmus, Matbucha (prato popular em Israel e Marrocos, junta pimentos assados, tomate, alho e azeite. Este puré, tem um pouco de picante, mas Elad descansa-nos ao dizer, que é um picante muito moderado, alinhado com o gosto dos portugueses.
E de facto, é apenas uma forma de dar um pouco mais de força aos elementos que compõe este puré), Green Tahini, Creme de Queijo e Cebola, Salada de Atum, Salada de Ovos, Guacamole (fresca e exótica, com romã e coentros), Pimentos vermelhos e verdes com vinagre balsâmico e Alcachofra de Jerusalém cozida (um tubérculo comestível também conhecido como Tupinambo, com um sabor incrível. A sua popularidade tem vindo a crescer, à medida que surgem novos estudos sobre os seus benefícios na área da saúde e uso na cura).
O Tantura tem um ambiente aconchegante e acolhedor. Há mesas pequenas, de café, para um encontro simples a dois, mas também mesas de madeira rústicas, longas ou redondas, para reunir um conjunto de pessoas e com espaço para preencher de pequenos pratos recheados de ingredientes coloridos. A equipa é simpática e atenciosa, sempre pronta a ajudar na escolha certa e a responder a qualquer perguntas que possa surgir. Que surgem, certamente, a todos os que não estão familiarizados com este tipo de gastronomia.
Acompanhámos a refeição com um chá de menta fresca. Há também a opção de Chá Marroquino, Café ou Cappuccino, sumos, cocktails ou mocktails.
As sobremesas são uma espécie de prato do dia. No dia em que visitámos provámos (e aprovámos) a Mousse de Halva. Combina o sabor doce a nozes com a textura leve e arejada da mousse. Ficámos a saber que esta receita, em particular, leva queijo mascarpone, tahini, pistáchio, nozes pecan caramelizadas.
Se procura de um brunch saboroso e autêntico na cidade, a milhas das opções tradicionais, esta poderá ser uma boa opção.
O Tantura fica na Rua do Trombeta, no Bairro Alto em Lisboa. O Menu de Bruch é servido aos sábados e domingos, entre as 12h00 e as 15h30.
