O Teatro Carlos Alberto (TeCA), no Porto, acolhe, no dia 20 de maio, pelas 19h00, a estreia da peça Espectros, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, com encenação de Nuno Cardoso.
Filho pródigo, Osvald Alving regressa a casa dos pais com uma “infeção”, doença que engendra fantasmagorias. Na sua presença, adensam-se as sombras de um conjunto de “atitudes antiquadas e crenças mortas”, os “espectros” que envenenam o presente e hipotecam as possibilidades de futuro. Circunscritas a um lugar escuro de onde ninguém sai ou entra, as personagens de Espectros vivem “com medo da luz”, inconformadas com o estrangulamento das suas vidas afetivas, ávidas de um impulso vital que as liberte de uma existência regida pelo conservadorismo e pela omnipresença do dinheiro. “Com Ibsen”, escreveu George Steiner, “a história do teatro começa de novo. Isto basta para fazer dele o mais importante dramaturgo desde Shakespeare e Racine.”“Que herdamos nós?”, pergunta Helene Alving, mãe de Osvald. Herdamos uma força do passado, tão forte e persistente que continua a ecoar nos nossos “poucos e desalmados” dias.
A peça, com produção do Teatro Nacional São João, tradução de Susana Janic, versão cénica de Nuno Cardoso e Manuel Tur, conta com Afonso Santos, Joana Carvalho, João Melo, Maria Leite, Mário Santos e Rodrigo Santos.
O espetáculo, legendado em inglês, tem aproximadamente duas horas e é para maiores de 12 anos.
A sessão do dia 21 de maio, às 19h00, terá Língua Gestual Portuguesa e Conversa pós-espetáculo.
A peça estará em cena no TeCA, até o dia 6 de junho, de quarta a sábado, às 19h00 e aos domingos, às 16h00.
O preço do bilhete é de 10 euros e pode ser adquirido online e no local.