A terceira edição da Mostra de Cinema da América Latina vai decorrer no Cinema São Jorge, entre os dias 13 e 16 de dezembro, e é organizada pela Casa da América Latina tendo pela primeira vez o Alto Patrocínio da Presidência da República. A EGEAC mantém a sua parceria desde 2010 no sentido de apostar nas relações com outros países e no seu conhecimento mútuo.
Este ano estão oito países envolvidos e dez longas-metragens: Argentina e Brasil (com duas longas cada um), Chile, Cuba, Equador, México, República Dominicana e Venezuela. A programação inclui sete primeiras obras sendo apenas três de realizadores consagrados, trabalhos de autor e de realizadores jovens. Segundo Maria Xavier, a Coordenadora de programação científica e cultural da Casa da América Latina, os critérios para a escolha dos filmes foram a qualidade, trazendo filmes que tiveram reconhecimento nos seus países e fora deles; a diversidade, tentando incluir a maior parte dos países sendo que a Venezuela, o Equador e a República Dominicana são incluídos pela primeira vez; e a atualidade, não pretendendo revelar os clássicos da América Latina mas sim mostrar o que se passa hoje nestes países; assim estes filmes falam da realidade, o que os realizadores pensam, o que os motiva e o que os preocupa. Já os temas são recorrentes: a História, a violência, a política, o resgate da memória, as desigualdades.
O novo logotipo da mostra, que foi apresentado na passada sexta-feira dia 16 de novembro, remete para a natureza, para as cores das favelas e das roupas das personagens; é muito sensorial e torna-se assim uma mostra de esperança e positividade.
No dia 14 às 19h00 será exibido o filme La Jubilada que contará com a presença do realizador chileno, Jairo Boisier; irá apresentar a sua primeira longa-metragem, vencedora do Work in Progress do Festival de Belfort (França) e com estreia internacional no Festival de Roterdão.
No mesmo dia será exibido Hermano, de Marcel Rasquín, filme selecionado para representar a Venezuela nos Óscares e que arrecadou prémios internacionais no Festival Internacional de Cinema de Moscovo (Rússia, 2010) e no Festival Internacional de Cinema de Los Angeles (EUA, 2010). Fala-nos sobre a violência urbana.
No dia 15 às 15h00, a mostra apresenta Bosch: Presidente en la Frontera Imperial, do realizador da República Dominicana René Fortunato; da Argentina, Juan Y Eva, de Paula Luque, às 17h00; do Brasil poder-se-á apreciar Hoje de Tata Amaral, às 19h00, filme com uma grande carga psicológica. O dia termina com um filme do Equador às 21h00 Abuelos, de Carla Valencia Dávila.
No último dia são exibidos no cinema São Jorge e às 17h00, Flordelis, Basta uma palavra para mudar, do brasileiro Marco Antônio Ferraz e que conta com muitos atores de renome da Globo; às 19h00, Alamar, do mexicano Pedro González-Rubio, que fala sobre o mar e a relação de um pai com o filho, de afetos.
O encerramento acontece no dia 16 de dezembro, com Verdades verdaderas. La vida de Estela, do argentino Nicolás Gil Lavedra.
Os bilhetes têm o preço de 3 euros sendo de 2,50 euros para menores de 25 anos e maiores de 65, podendo ser adquiridos na bilheteira do cinema São Jorge.
Texto de Joana Resende