Segundo dia do Vodafone Mexefest, depois de uma sexta-feira frenética com vários sobe e desce pela Avenida da Liberdade, o que se podia esperar desta noite a não ser ainda mais correrias entre a “Casa do Alentejo” e o restaurante no terraço do “Hotel Tivoli”.
A noite para muitos começou na “Igreja De Sº Luís dos Franceses” ao som de “Coro Africano” seguido de “Old Jerusalem”, mas a primeira enchente ficou ao cargo de “EMA”, com a sua estreia no ano corrente, trouxe para a sala do “São Jorge” os sons alternativos do “Indie” e “Noise Rock” com sala cheia e ainda uma fila que se estendia até a porta do “São Jorge”.
As atenções eram agora entre o “Teatro Tivoli” com os “Dead Combo” e Carlão vocalista dos “Da Weasel” que apresentava o seu novo trabalho, desta vez num formato a solo, “Algodão” é o nome do seu projecto a solo.
A noite é ainda nova e correr para o São Jorge para assistir a “Oh Land” segunda enchente e nova fila que percorria desde o primeiro andar do São Jorge até as portas de entrada. Bastou o primeiro acorde por parte da Dinamarquesa Nanna Øland para colocar toda a sala ao rubro, “Perfection” e “Sun of a Gun” fizeram as delicias de quem se encontrava dentro da sala, e aumentou ainda mais o querer de quem esperava para entrar na sala do primeiro anda do São Jorge.
A festa na Avenida era muito, o vai e vem de pessoas e transportes por parte dos organizadores do evento, fizeram já de uma avenida cheia de vida e movimento algo ainda mais espectacular. Mais uma corrida e desta para o “Cabaret Maxime”, onde os Dinamarqueses “When Saints Go Machine” conquistaram a avenida com os sons do último álbum, “Konkylie”.
A noite esperava por “James Blake”, cabeça de cartaz para este segundo dia, meia hora para o início do concerto e já a sala do “Teatro Tivoli” estava praticamente cheia, quem conseguia encontrar um lugar já não o largou mais, a fila que se criava a porta do “Tivoli” era já enorme, certamente muitos não conseguiram lugar para ouvir “James Blake” este que é já considerado um dos prodígios da música britânica.
Mais uns metros em direcção da “Casa Alentejo” onde André Tentugal, jovem realizador que até há pouco tempo tinha escondido uma faceta mais musical, e nesta sua faceta que traz até ao MexeFest os sons de “We Trust” e do tema “Time” que ficou conhecido nas redes sociais com o vídeo realizado por “Rickard Bengtsson” jovem Suéco que André Tentugal conheceu através do seu trabalho como realizador.
As pernas e pés já a pedirem descanso, mas o corpo ainda resistia e a passo curto as atenções lá se foram dirigindo para a entrada do metro da estação dos “Restauradores”, enquanto lá em baixo se faziam os ajustes finais, os fãs de “Blood Red Shoes” estavam já nas pontas das escadas prontos para procurarem um lugar na frente, a estação foi pequena para tanta gente, e mesmo que não fosse possível ver de perto a banda, dava para ouvir e bem.
Apesar da mudança de nome, o Vodafone MexeFest foi exactamente isso, um festival de colocar todos a mexer, quer nas várias salas espalhas pela Avenida, no cima abaixo na própria Avenida, o chocolate quente e as castanhas ajudavam a ganhar energia, e os constantes Shuttles que andavam porta a porta a deixar o público ou a levar o mesmo para outros palcos.
Reportagem de António Martins