Noite De Nostalgia E Energia: Táxi Transporta Fãs Aos Anos 80 No Casino Estoril

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Táxi

Foi uma espécie de viagem no tempo, às festas de garagem tão populares nos anos 80. O espírito reviveu-se esta sexta feira, com a atuação dos Táxi no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.

A banda de rock portuguesa originária do Porto, fundada em 1979 juntou cerca de 700 pessoas, no Estoril. Uma plateia de maduros, que não quis deixar de “abanar o capacete” ao som das músicas da sua adolescência.

Com todos os músicos em palco, João Grande, o carismático vocalista dos Táxi, entrou em cena com entusiasmo, batendo palmas ao ritmo de “Cairo”, música escolhida para abrir o concerto.

Expressou a sua gratidão, a todos por estarem presentes numa noite fria, agradecendo tanto aos novos fãs como aos fiéis seguidores de longa data.

Seguiu-se “T.V.W.C.” e depois, outro grande êxito que quase todos sabiam cantar: “Rosete”. Seguiram-se outras que João Grande referiu serem suas favoritas “É-me Igual”, “Hipertensão”, “Não Sei Se Sei”.

O ambiente descontraído manteve-se ao longo da noite, com João Grande a partilhar curtas memórias. Que sim, já tinham atuado no Casino Estoril, integrados no programa de variedades de um concurso de Misses. E como só atribuíam prémios às três primeiras classificadas, caiu-lhes em missão consolar todas as outras que choravam desanimadas…

A atmosfera tornou-se mais romântica com “Sozinho”, dedicada ao público feminino, seguida  de “O Fio da Navalha”.

João Grande apresentou em seguida os talentosos membros. Da formação original dos Táxi, o baixista Rui Taborda. Da nova geração, Jorge Loura e Nelson Santos nas guitarras, Hugo Pereira na bateria e Rute Flores na voz.

A energia contagiante continuou com “Sing Sing Club”, para por “todos a dançar” anunciou João Grande.

Seguiu-se uma música nova, “Nunca Mais”. João brincou com a relutância das rádios em tocar a faixa, descrevendo-a como uma canção de desilusão amorosa. “Manequim” foi apresentada em dueto entre Rute e João Grande, seguida por uma versão acústica de outro tema novo: “Última Sessão”.

Os momentos de nostalgia tomaram conta do público com “Às dos Flippers”, e antes de “Táxi”, João destacou o desempenho brilhante dos guitarristas.

A banda saiu temporariamente do palco após “Vida de Cão”, deixando a plateia a pedir mais, especialmente “Chiclete”.

O regresso para o encore foi marcado por uma versão energética de “Song 2” dos Blur, terminando com a aclamada “Chiclete”. A noite no Casino Estoril com os Táxi foi, sem dúvida, uma celebração inesquecível da música portuguesa, repleta de emoção e energia.

Duque Província, uma banda oriunda de Cascais, teve a honra de abrir o espetáculo, revelando a sua satisfação por partilhar o palco com uma referência da música portuguesa: os Táxi.

Cantam originais em português, com muita vontade de envolver o público na sua vibe pop e indie. Henrique Gonçalves (Voz, Guitarra), António Horgan (Teclados), Philippe Keil (Baixo) e Francisco Cunha (bateria) são os quatro membros da banda que vão levando avante o seu projeto que conta com influências vindas particularmente dos anos ’60 e ’70.

Contam já com um disco de estreia 2032, lançado em 2022 e já atuaram no festival O Sol da Caparica e nas Festas do Mar de Cascais. “Cai-me a ficha” é o tema mais popular, que ficou na cabeça dos  presentes, durante o curto intervalo que antecedeu o concerto dos Táxi.

Artigo anteriorLisboa Mistura Arranca A 20 De Janeiro No Capitólio
Próximo artigoSente-se Sortudo? Experimente Estes Jogos

Leave a Reply