A peça O 25 de Abril Nunca Aconteceu apresenta-se no Teatro Carlos Alberto, no Porto, até 25 de abril. Com texto e encenação de Ricardo Alves, a peça é uma distopia-homenagem sobre a data histórica para a democracia portuguesa.
Como seria Portugal se Salgueiro Maia não tivesse parado no semáforo vermelho, tivesse chocado com um camião de entrega de pão e o 25 de Abril não tivesse acontecido? É o que pergunta Ricardo Alves em O 25 de Abril Nunca Aconteceu, uma distopia-homenagem aos valores da liberdade.
Nos 50 anos do 25 de Abril, o Teatro Nacional São João convidou a companhia portuense Teatro da Palmilha Dentada a aventurar-se numa ficção distópica sobre a data histórica para a democracia portuguesa.
O 25 de Abril Nunca Aconteceu acompanha um dia na vida da família Freitas, numa estética devedora de filmes como O Pai Tirano e O Pátio das Cantigas. O mundo avançou, mas Portugal não. O pai trabalha via Internet num esquema de extorsão de dinheiro a mulheres falantes de português espalhadas pelo mundo. A empresa, tal como as tipografias anteriores a 1974, é também o local de funcionamento de uma célula clandestina, que põe a circular informação sobre a ditadura portuguesa. A PIDE continua ativa e cada vez mais ridícula. As Crocs são proibidas e o seu uso perseguido.
A peça conta com as interpretação de Beatriz Baptista, Eloy Monteiro, Ivo Bastos, Filomena Gigante, Mário Moutinho, Rodrigo Santos e Valdemar Santos.
A peça fica em cena até ao dia 27 de abril. À quinta-feira e ao sábado as sessões são às 19h00, à sexta-feira às 21h00 e ao domingo às 16h00. Nos dias 17 e 24 de abril, às 15h00, há sessões extra dirigidas ao público escolar e, no dia 27 de abril, a sessão tem tradução em Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.
Os bilhetes estão à venda online, e custam entre 5 e 10 euros.
