Reportagem de Elsa Furtado (Texto e Fotos)
Sucesso em todos os palcos onde é levada a cena e já adaptada ao cinema, Cyrano de Bergerac de Edmond Rostand é uma daquelas peças incontornáveis na programação de qualquer teatro. Comédia, sátira, aventura e drama, são alguns dos ingredientes que fazem dela um sucesso intemporal.
Mas afinal de que fala Cyrano de Bergerac? De ilusões, de aparências, da beleza, da valentia, de enganos e desenganos, de amor. Inspirada na história verídica da vida de Cyrano de Bergerac, que viveu no século XVII, esta peça escrita em França, em 1897 continua muito atual.
Um apaixonado poeta. Um perspicaz dramaturgo. Um exímio espadachim. Um bravo soldado.
Um grande filósofo. Um profundo estudioso da Física, Matemática e Astronomia. Cyrano de Bergerac possui qualidades incomuns, porém encobertas pelo aspeto físico, onde o nariz avantajado é motivo de frustração. Na França do século XVII, Cyrano sofre por amar intensamente sua prima, Roxana, jovem, bela, emotiva, que tem como ideal de homem a beleza e o espírito. Ao conhecer Cristiano, Roxana apaixona-se por ele, mas este é tímido e não consegue manter uma relação normal com uma mulher. É então que Cyrano ajuda Cristiano, escrevendo-lhe longas e belas cartas de amor que vão tornar ainda maior a paixão de Roxana por Cristiano.
À frente de um elenco recheado de estrelas, destaque para Diogo Infante no papel de Cyrano, Virgílio Castelo é o Conde de Guiche, Sara Carinhas é a bela Roxana, João Jesus é o jovem Cristiano de Neuvilette, João Grosso – o sensato Le Bret, José Neves, Lúcia Maria, Manuel Coelho, Maria Amélia Matta a Madre Margarida de Jesus, Paula Mora, Alberto Villar, Bernardo Chatillon, entre tantos outros encabeçam um elenco recheado de estrelas. A encenação é de João Mota, o texto tem tradução de Nuno Júdice e adaptação de João Maria André. Destaque ainda para os figurinos, da autoria dos Storytailors.
A peça estreia hoje na Sala Garrett e vai ficar em cena até dia 1 de março, com espetáculos à quarta-feira às 19h00, de quinta-feira a sábado às 21h00 e ao domingo às 21h00. Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira do TNDM II e variam entre os 5 euros e os 17 euros.
Uma peça a não perder, com um texto magnífico e cheio de humor e subtilezas e brilhantes interpretações.
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