Este ano, o LEFFEST – Lisboa Film Festival, acontece pela primeira vez, só em Lisboa. A 17ª edição do festival acontece de 10 a 19 de novembro, em seis espaços de Lisboa, entre os quais o Cinema Nimas, o Teatro Tivoli, o Cineteatro Turim e a Academia das Ciências, e é dedicada à Inteligência Artificial.
Da programação anunciada pelo diretor do festival, Paulo Branco, destacam-se vários filmes que passaram pelos principais festivais europeus de cinema, alguns dos quais premiados.
Pobres Criaturas, um filme de Yorgos Lanthimos, protagonizado por Emma Stone, e que conta com um breve papel da fadista portuguesa Carminho, vencedor da 80º edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, com o Leão de Ouro para Melhor Filme, foi o filme da sessão de abertura do LEFFEST’23 – Lisboa Film Festival.
A programação deste ano inclui 10 filmes em competição, assinados por nomes consagrados e cineastas emergentes, várias antestreias, sessões especiais, uma homenagem a Clint Eastwood e uma retrospetiva dedicada ao realizador turco Nuri Bilge Ceylan, teatro, exposições e um programa sobre a Inteligência Artificial.
De salientar os filmes Anatomie d’une Chute, da realizadora francesa Justine Triet, vencedor da Palma de Ouro, em Cannes; Priscilla, de Sofia Coppola; May December, de Todd Haynes; e The Old Oak, de Ken Loach.
Esta edição vai homenagear Clint Eastwood, como realizador, com uma retrospetiva dos seus filmes. E ainda o cineasta turco Nuri Bilge Ceylan com uma retrospetiva integral. O programa exibido inclui duas obras inéditas em Portugal: The Small Town (1997) e Clouds of May (1999).
Este ano é também apresentado um ciclo temático, com curadoria de Alexey Artamonov, Denis Ruzaev e Inês Branco Lopez, que procura refletir sobre a relação que existe, histórica e contemporaneamente, com os nossos antepassados. As obras apresentadas confirmam que o cinema é, como outras formas de arte, o meio que nos liga ao passado individual e coletivo, permitindo aprender uma história que é nossa, descobrir uma identidade ou uma espiritualidade. O programa inclui filmes de diferentes pontos do globo, que dão a conhecer personagens e realidades esquecidas e que foram, de certa forma imortalizadas, pelos realizadores que as revelaram.
“O ciclo A Inteligência Artificial e a Criação Artística – Onde Estamos e para onde Vamos?” programa vários filmes que abordam a questão e promove uma série de debates que contam com a presença de artistas plásticos, fotógrafos, escritores, pensadores e cineastas. Destaque ainda para o concerto Android Aria – Seeds of Prophecy do compositor-pianista japonês Keiichiro Shibuya, que partilha o palco com um Android cantor, construído a partir da Inteligência Artificial.
O encerramento fica a cargo do filme vencedor da competição.
Os bilhetes podem ser comprados nas diversas salas de cinema.
A programação completa pode ser vista aqui.