Entre 14 e 23 de março, o Teatro Carlos Alberto (TECA) recebe A Farsa de Inês Pereira, com encenação do diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Pedro Penim.
Em 1523, Gil Vicente escreveu esta “farsa de folgar”. Um relato cómico das desventuras de uma mulher da classe média portuguesa do século XVI que desafia o poder familiar e a mentalidade medieval da sociedade quinhentista. Quinhentos anos depois, Pedro Penim reescreve o original vicentino e transforma-o numa obra do nosso tempo.
Mantendo a métrica e a rima, esta versão de A Farsa de Inês Pereira (des)constrói um espaço de reflexão sobre o empoderamento feminino e a a urgência de um diálogo intergeracional. Pedro Penim questiona alguns dos alicerces da sociedade contemporânea e propõe uma espécie de manifesto lançado ao futuro.
A produção conta com interpretação de Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Hugo van der Ding, João Abreu, Rita Blanco e Sandro Feliciano.
A peça fecha a trilogia que o encenador dedica à família, depois de Pais & Filhos (2021) e Casa Portuguesa (2022), espetáculos que passaram pelo Teatro Nacional São João.
A Farsa de Inês Pereira apresenta-se no palco do Teatro Carlos Alberto, no Porto, entre 14 e 23 de março, com sessões à quinta-feira e ao sábado às 19h00, e à sexta-feira às 21h00. Nos dias 15 e 22 de março, às 15h00, há sessões extra dirigidas ao público escolar. No dia 14 de março, segue-se uma conversa entre o público e o elenco mediada por Mónica Guerreiro. A sessão do dia 16 de março tem tradução em Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.
O preço dos bilhetes tem o custo de 5 e 10 euros, e podem ser adquiridos no local e online.
