Maravilha da Doçaria Portuguesa, o Pastel de Nata chegou recentemente ao Saldanha, na 9a loja da Manteigaria, e como é característico desta cadeia, pode-se acompanhar todo o processo de fabrico desta tentação, do primeiro ingrediente até ao momento de entrar na boca.
O Pastel nasceu em 1837, no Bairro de Belém, criado pelos Monges do Mosteiro dos Jerónimos, a sua receita diz-se um ser um dos segredos mais bem guardados da casa original, mas desde o século XIX até hoje, foram vários os pasteleiros e os curiosos que tentaram descobrir o segredo daquele que é um ícone da nossa pastelaria, em Portugal e um pouco por todo o mundo.
O Chefe Pasteleiro Rogério Loupas foi um deles, e a sua receita não deixa nada a desejar aos primeiros. Depois de várias experências, com ingredientes e quantidades, ele conseguiu encontrar a fórmula perfeita, que faz dos Pastéis de Nata da Manteigaria uma verdadeira tentação, especialmente quando saem do forno, e o cheirinho se espalha pelo ar.
A base da receita do Pastel de Nata é hoje bem conhecida: leite, limão, canela, açúcar, ovos e massa folhada, o creme pode ainda levar amido e farinha, mas o grande segredo dos pastéis da Manteigaria está na manteiga.
Aqui não se usa uma manteiga qualquer, depois de várias experiências, foi escolhida uma manteiga francesa, com a dosagem certa de gordura e sabor para a massa folhada estaladiça, (a base do pastel e a parte preferida do doce para muitas pessoas pela sua “crocância”). As doses e os ingredientes certos para o creme são a outra parte importante e essencial para criar o equilíbrio perfeito de doce.
O processo de fabrico não tem grandes segredos, e quem vier a uma Manteigaria pode ver e acompanhar o processo de fabrico completo, e totalmente artesanal, composto por 4 etapas: “Massa”, “Abrir”, “Encher” e “Forno”.
Começamos pela massa folhada, que é feita previamente com farinha, sal e ovos, depois vai à massadeira (agora elétrica), onde é amassada durante 7 a 8 minutos, deixa-se repousar, e depois estica-se (também numa máquina) e aqui junta-se a manteiga à mão (este é o ingrediente chave para a qualidade e crocância destes pastéis, tendo que ficar bem espalhada e na quantidade certa para os pastéis depois não ficarem muito gordurosos). A massa folhada leva 2 voltas e depois é dobrada, ficando a repousar no frio, durante 1 a 2 dias, retirando-se na altura de fazer os pastéis.
Depois de retirar as lâminas da massa do frigorífico, cortam -se em bocadinhos pequenos, que são então colocados nas fornas de alumínio, é chegada a altura de abrir a massa e cobrir o interior das formas até à borda, depois enche-se cada uma com o creme (feito previamente). Passamos então à etapa final, em que os tabuleiros vão para o forno (muito quente), durante 12 a 14 minutos, de forma a cozer o recheio e a cobertura ficar ligeiramente queimadinha.
Uma vez o tempo passado, tiram-se os pastéis do forno e deixa-se arrefecer alguns segundos, para os desenformar, depois…. depois é comer no local ou pedir para levar, para saborear com ou sem canela.
Na Manteigaria sabe-se sempre quando há uma fornada, acabada de sair, basta estar atento ao sino que toca várias vezes ao dia, a anunciar mais uma fornada deste doce tão característico do nosso Portugal.
Aqui, um pastel custa 1,30 euros, um pack com dois 2,60 euros e um pack com seis 7,80 euros.
A loja do Saldanha, fica na Avenida Duque D’Ávilla, 32, e funciona de segunda a domingo, das 8h00 às 21h00, dispõe de uma zona de balcão e de uma esplanada, e também aceita encomendas.
E acreditem … valem bem a pena, seja para comer na hora, no próprio dia, ou mesmo no dia seguinte, a qualidade e o sabor não se perdem, então se é fã de massa folhada e canela …
Bom apetite!