Isabel Almeida Garrett nasce em Lisboa em 1959. Em 1998 é-lhe concedida uma bolsa para estudar no AR.CO., tendo desde então mantido uma prática diária da pintura que se reflete no seu domínio do meio. Esta é uma investigação que se liga à História da Pintura do Alto Modernismo mas mais do que isso, estende-se a momentos do primeiro modernismo e claro às influências da pintura antiga que este permite redescobrir e reenquadrar.
Estas explorações têm guiado o seu percurso por diversas e distintas fases em que a artista mostra interesse em manter-se no limiar entre a abstracção e o figurativo. As suas pinturas são enganadoramente tranquilas mas a idiossincrasia de um universo pessoal faz-se reconhecer através de um sentimento de estranheza com que certas figuras aparecem por meio de matizes e velaturas.
Isabel Almeida Garrett faz da pintura um relicário de memórias vividas em confronto com a própria história da pintura, sendo que nos surpreende pela potência e qualidades narrativas que cada obra encerra.
A exposição pode ser vista até 7 de novembro, de terça-feira a domingo, das 14h00 às 19h00, e tem entrada livre.
Texto de Susana Sena Lopes
