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O Festival ao Largo está de regresso

O Festival ao Largo regressa ao Largo do S. Carlos a partir de dia 29, com uma maior aposta na vertente de Ópera, da Dança e da Música de Cena, contando para tal com a estreita colaboração do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e da Companhia Nacional de Bailado (CNB).

As iniciativas desdobram-se nas seguintes categorias: Ópera e Música de Cena; Soltem o Barroco!, A Leste, Músicas do Mundo; Mozart. Porumbescu. Dimi Trescu. Enescu. Bartók. Hay Dn. Beethoven. Joio. Elgar. Ho Lst. Mompou. Sasseti. Jóia; Teatro ao Largo e Dança no Largo.

A programação tem suporte principal a interpretação pelos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do TNSC  da obra-prima de Grieg: a música de cena para Peer Gynt; da única ópera de Granados: as Goyescas; e de uma obra de Busoni: a Turandot. Estas três produções contam, respetivamente, com a direção de Martin André, João Paulo Santos e Moritz Gnann, além da participação de alguns dos principais cantores portugueses de ópera, como Dora Rodrigues, Sónia Alcobaça, Maria Luísa de Freitas, Mário João Alves e Luís Rodrigues, entre outros. 

A CNB apresenta La Valse, a obra-prima de Ravel, com uma curta-metragem do realizador João Botelho criada para a companhia com a colaboração coreográfica de Paulo Ribeiro e com Pedro de Freitas Branco à frente da orquestra do Théâtre des Champs-Élysées. Apresenta ainda Du Don de Soi, um trabalho que Paulo Ribeiro tamébm concebeu para a companhia a partir da obra do genial realizador russo Andrei Tarkovski.

Os Barrokksolistene de Oslo, um agrupamento de topo no panorama europeu da música barroca dirigido pelo violinista Bjarte Eike, apresentam um espetáculo de forte cariz teatral e muito humor, em torno das canções de taberna do século XVII.

A Compañia Antonio Gadés, um nome mítico no panorama do flamenco e da dança contemporânea espanhola apresenta-se pela primeira vez em Portugal, com a sua interpretação de Carmen.

A temática chinesa estará bem presente com duas grandes produções: a Orquestra Chinesa de Macau, uma orquestra de 70 elementos exclusivamente constituída por instrumentos tradicionais chineses, e um espectáculo de Gamelão de Java e Dança e Música de Sumatra.

Rakhmaninov e Chostakovitch vão ser interpretados por um grupo de solistas internacionais de grande nível: Tatiana Samouil, Pavel Gomziakov e Plamena Mangova.

Da Roménia chega o violinista Alexandru Tomescu, que se apresenta com a Filarmonia das Beiras e o maestro Ernst Schelle, por outro o grande ensemble de dança e música tradicional Junii Sibiului.

O espetáculo poético de rua Lisboa – Homenagem a Fernando Pessoa, da encenadora Anna Stigsgaard, numa co-produção com o Festival de Almada.

O Festival ao Largo vai ser ainda palco para diversos projectos orquestrais ou de música de câmara portugueses, com Pedro Carneiro e a Orquestra de Câmara Portuguesa, António Rosado e Pedro Jóia com a Sinfonietta de Lisboa e Vasco Pearce de Azevedo, as Damas do São Carlos e as Vivaldianas. Os seus programas abrangem os grandes clássicos como Tchaikovski, Beethoven ou Vivaldi, e vão até Bernardo Sassetti ou Carlos Paredes.

O Festival do Estoril também participa com a presença de dois prestigiados solistas internacionais, Daniel Auner e António Rosado, que se juntam em palco à Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida por António Lourenço.

Texto de Clara Inácio

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