Região do Douro afirma-se como destino turístico de eleição

Eleito como um dos sete turismos sustentáveis da Europa e uma das 77 maravilhas da natureza em todo o mundo, em 2009 o Douro afirmou-se como destino de eleição, com uma taxa de ocupação a colocar a região no topo das opções em Portugal, um sucesso atribuído à paisagem duriense por António Martinho, presidente do Turismo do Douro.

Uma das sugestões do responsável máximo desta região de turismo passa pela rede de “Aldeias Vinhateiras”, onde as pessoas podem conhecer o ambiente que mais marca a identidade de aldeias como Salzedas, Ucanha, Trevões, Barcos, Provesende ou Favaios.

António Martinho destacou também um conjunto de iniciativas, tanto privadas como públicas, que proporcionam o contacto com tradições como a vinha, o lagar, as uvas ou a elaboração do vinho.

“Para percebermos o sentido real das coisas é importante que as pessoas, sobretudo as que vivem o ano todo na cidade, vão ao Douro ver a vindima, porventura cortar uns cachos de uvas e depois vejam como se fabrica o vinho, seja através da pisa de uvas ou num centro de vinificação moderníssimo. O importante é as pessoas disponibilizarem-se a ir”, defendeu o responsável à margem de um almoço de apresentação da BTL (que decorreu em Lisboa entre 13 e 17 de Janeiro, no Parque das Nações), no Palácio Sottomayor, em Lisboa.Reconhecendo a importância do turismo natureza numa região como o Douro, neste momento já existem empresas de animação e de organização de eventos que criam percursos e contactos com o meio ambiente, de forma a levarem as pessoas a observar ao vivo espécies como a águia real, nomeadamente no Parque Natural do Douro Internacional ou nas Serras do Alvão ou de Leomil, ou a procurarem o contacto com o uivar do lobo e com os sons da noite.

Um fenómeno que para António Martinho se deve ao facto das pessoas “estarem despertas para essa temática, daí nós incentivarmos as empresas a criarem espaços em que haja uma interacção entre o homem e a natureza, num mundo que nós gostaríamos que as pessoas pudessem usufruir”.

Paralelamente com estas iniciativas, o Turismo do Douro também está empenhado em criar alguns instrumentos para que as pessoas que pretendem ir ao Douro possam conhecer alguns aspectos da região. Para isso, esta entidade quer criar uma rede de postos de turismo, à qual as pessoas possam recorrer para saber o que visitar.

Mas como o Douro não é só paisagem, a Entidade Regional Turismo do Douro lembra que a nível cultural esta região também serve de palco a eventos de grande impacto mundial, como o Douro Film Harvest – Mostra Internacional de Cinema, que em Setembro vai realizar a sua segunda edição, ou o ciclo de concertos “Douro Charme”, promovido pela Rota do Vinho do Porto e que tem lugar em vários locais “excepcionais” da região, dando assim a conhecer a oferta de alojamento em quintas e hotéis no Douro e a qualidade da restauração que a região tem vindo a ganhar.

Alojamento para todas as carteiras

Para quem ainda pensa que o Douro é apenas para as camadas sociais mais altas, o presidente do Turismo Douro dismistifica este preconceito, garantindo que o principal objectivo da entidade é que haja investimento em unidades de hotelaria clássica de 4 e 5 estrelas, mas também em hotéis de 3 estrelas com bom serviço. “O que nós dizemos aos empresários é para fazerem serviços de qualidade nos níveis em que cada um actua”, esclareceu António Martinho ao C&H.

“O Douro tem turismo de qinta,com unidades de preços elevados, e tem turismo de quinta, rurismo em espaço rural e casas de campo com preços acessíveis”, quem o garante é o presidente do Turismo Douro, que acrescenta que neste momento está a ser feito um grande movimento para convidar os propiretários das pensões para se converterem em hotéis de 2 estrelas. “Não vem mal nenhum à região se tiver alguns hotéis de 2*, como aliás já tem, o que é importante é que o serviço aí prestado seja de qualidade”, defendeu aindao responsável.

Outro dos projectos que está  a nascer é de um parque de campismo de 4* onde as pessoas podem não só ocupar bungallows, como também optar por levar rulote ou tenda. “Apesar destas unidades não poderem ser feitas no meio do Alto Douro Vinhateiro, classificado pela UNESCO, o mais importante é que as pessoas estejam no planalto e possam depois aceder aos vinhedos e à zona classificada”, concluiu o responsável.

Por Cristina Alves
Fotos de Francisco Lourenço
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