Terceiro e último dia de SBSR, os Strokes como cabeça de cartaz, mas com muita gente à espera de ver Slash. A confusão mantinha-se, as filas eram as mesmas, as queixas só pioravam, o pó parecia crescer, o lixo amontoava-se, as casas de banho nem pareciam ser limpas de um dia para o outro. Enfim… lá chegámos e de lenço no nariz, lá entrámos para mais um dia de festival.
O cansaço já era notório, mas havia bons concertos à nossa espera, tocavam os Paus no palco EDP. Estes quatro moços, muito bem parecidos sabem muito bem o que estão a fazer, e transformam barulho em temas brilhantes de revolta e manifesto.
Estão de público rendido e são uma das maiores revelações do ano passado, com uma bateria gémea e dois brilhantes bateristas, fazem a festa junto de Mokoto na guitarra e João Pereira no teclado.
No palco principal era a vez de Brandon Flowers dar o ar de sua graça, sem direito a nem um fotografia, este artista não deixou nem os mais fortes entrar no fosso, para captar os momentos.
De estilo irrepreensível, veio apresentar o seu trabalho a solo e deixou os Killers em casa. O álbum que trazia era o Flamingo, mas não deixou de entoar temas da sua banda, como “Read my Mind” e fechou com “Mr. Brightside”, apesar de este concerto ser a apresentação do seu disco a solo, o publico delirou sempre com as músicas dos Killers, um sinal talvez, de que tenham de voltar.
E ouve-se “Are you ready to rock and roll?”, e Slash entra em palco em grande estilo, com uma expressão e uma boa forma de arrepiar. Trouxe Myles Kennedy como vocalista, e muito bem se saíu este rapaz. Solo atrás de solo Slash relembrou músicas dos Guns and Roses, com Myles com uma voz muito parecida a Axel Rose. Os temas “Sweet Child of My” e “Paradise City” (para fechar) foram os grandes momentos deste concerto que fez Slash ficar a pingar de suor, isto sim, é um concerto de rock and roll.
Estava a espera montada, ainda faltava meia hora para os Strokes entrarem em cena, mas o cansaço fez parecer a espera mais longa! Julian Casablancas apresentou-se com um casaco de cabedal a falar de Slash como uma lenda, não fosse a origem dos Strokes as belas guitarras de Nick Valensi e Albert Hammond Jr., um estilo inigualável.
Não faltaram os clássicos “Last Night”, nem “Take It or Leave It”, que fizeram este cocerto saber a muito a pouco, dada a espera da visita desta banda ao nosso país. Saíram sem encore, e nós bem que merecíamos um.
O Super Bock Super Rock estava fechado, faltava ainda ultrapassar a multidão violenta para sair do recinto, o pó e as típicas filas de espera de carros no parque de estacionamento (não vimos melhorias, tal como foi referido antes do festival começar pela organização).
Até para o ano em mais um Super Bock Super Rock.