E os Sonhos, Sonhos São é a peça que estreia
A peça, que tem como foco central o palhaço, e combina o teatro com o circo tradicional, conta com as interpretações de Julie Sergeant – que regressa aos palcos, Hugo Mestre Amaro, João Araújo, Mário Sousa e Rafael Fonseca.
E os Sonhos, Sonhos São recria as figuras tradicionais dos palhaços de uma forma específica. É no actor, na sua fisicalidade, na sua personalidade, que procuramos e trabalhamos o tipo de palhaço que ele pode ser e o tipo de texto que ele pode dizer; ele será o palhaço branco ou rico, o palhaço pobre ou augusto, o contra-augusto, ou uma personagem clownesca, criada para e apropriada a cada actor. Para estes palhaços criou-se uma dramaturgia a partir de textos conhecidos da tradição teatral, de Medeia a Romeu e Julieta ou Mãe Coragem, procurando estabelecer entre eles nexos novos e um supra-enredo. Pretende-se, por um lado, dar a ver e a ouvir textos bastante repetidos que sejam facilmente reconhecidos pelo público e, ao mesmo tempo, parodiar as velhas escolhas do repertório nacional.
Luísa Costa Gomes
E os Sonhos, Sonhos São é uma produção do Teatro do Bairroe que vai estar em cena de quarta a sexta-feira, às 21h30 e aos domingos às 16h30, de 4 a 29 de março. O bilhete normal tem um custo de 12,50 euros e 7,50 euros para menores de 25 anos, maiores de 65 anos ou profissionais do espetáculo. À quinta o bilhete tem um preço especial de 5 euros, por ser o dia do espetador de teatro, e podem ser adquiridos localmente.
Texto de Sandra Gregório