Germano Almeida É O Vencedor Do Prémio Camões 2018

O escritor cabo-verdiano Germano Almeida é o vencedor da 30ª edição do Prémio Camões 2018.

O autor lusófono nasceu na Ilha da Boavista em Cabo Verde, em 1945, tendo-se licenciado em Direito em Lisboa. Além de advogado é autor publicado em vários países, como é o caso de Portugal, em que é editado pela Caminho.

Entre a sua vasta bibliografia destaque para O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo (1991), já adaptado ao cinema; O Dia das Calças Roladas (1982); O Meu Poeta (1989)A Morte do Meu Poeta (1998); A Família Trago (1998); Estórias Contadas (1998); Dona Pura e os Camaradas de Abril (1999); As Memórias de Um Espírito (2001); Cabo Verde – Viagem Pela História das Ilhas (2003); O Mar na Lajinha (2004); Eva (2006); A Morte do Ouvidor (2010); De Monte Cara Vê-se o Mundo (2014).

O prémio, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, foi atribuído este ano por um júri constituído por Maria João Reynaud, Professora jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal); Manuel Frias Martins, Professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Brasil); José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil); pelos PALOP, Ana Paula Tavares, poeta e Professora de Literaturas Africanas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Angola); José Luís Tavares, poeta (Cabo Verde).

Depois de anunciado o Prémio, a editora do autor – a Caminho anunciou a publicação do ser mais recente livro O Fiel Defunto.

Toda a gente foi apanhada de surpresa, pelo que ninguém tentou impedir o inesperado assassinato do mais conhecido e traduzido escritor das ilhas, breves momentos antes do início da cerimónia de apresentação do que acabou por ser a sua última obra. E, no entanto, nesse dia o vasto auditório transbordava de uma festiva multidão de fãs e outros curiosos, todos impacientes ante a expectativa de ter um autógrafo no já muito badalado livro que se preparavam para adquirir.

De modo que a ninguém terá passado pela cabeça que um evento daquela natureza, sempre aguardado com geral e grande ansiedade, poderia vir a ter um desfecho tão inesperado quanto brutal, especialmente tendo em conta a qualidade das pessoas envolvidas na tragédia.

Autor:Texto de Elsa Furtado
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