O burburinho dos comensais no Salão Preto e Prata do Casino Estoril sossegou com a entrada de Tony Carreira no palco, já passava das 22h00, de 10 de março. Muitas vestes prateadas e brilhos, pescoços torcidos pela disposição perpendicular das mesas face ao palco, olhos arregalados, caras muito sorridentes, provaram o sucesso daquele que é essencialmente um cantor de baladas e que conta 30 anos de canções.
O público, esmagadoramente feminino, esteve lá; acompanhou as letras de todas as canções com os lábios – muitas vezes com as vozes; respondeu sempre aos apelos das mãozinhas no ar – porque o Tony gosta muito de mãozinhas no ar – e às luzinhas dos telemóveis a enfeitar as canções de amor.
A abertura da cortina atrás do homem que se apresentou singelamente à guitarra, revelou a qualidade da produção, a excelência dos músicos e o alinhamento que responde ao coração do público. Desde a “A Vida Que Eu Escolhi” até ao “Não te vás sem mim” e ao encore. Pelo meio, houve três medley, “O que vai ser de mim”, “O teu amor secreto”, “Como antes do adeus”, “A saudade de ti”, “Tu e eu (para sempre)”, “O mesmo de sempre”, “Porque não vens”, “Tu levaste a minha vida”, “Sonhos de menino”.
Tony comprovou a pausa, dando espaço a Yura Silva – uma das back vocal que o acompanha há 14 anos – com quem dividiu o “Já que te vais”, mas também anunciou o regresso dos concertos de Tony Carreira em Lisboa com duas datas na Altice Arena no final deste ano. Espalhou emoções por todo o Salão Preto e Prata, em particular a Sandra, uma fã escolhida da plateia, que esteve no palco para um flute de champanhe e para o “Sem ti eu não sei viver”.
No encore, “A Estrada e Eu” e “Quem Era Eu Sem Ti”. Foi a segunda vez que Tony Carreira esteve no Casino do Estoril (e com sala cheia).
“Obrigado a vocês. Sem vocês, nada disto existia. Obrigado.”
