Já arrancou a 34ª edição da Temporada Música em São Roque, com 10 concertos marcados para a Igreja de São Roque e Convento de São Pedro de Alcântara, “desenhados” pelo Maestro Filipe Carvalheiro, que cobrem cerca de 500 anos de história da música, e vai decorrer até dia 11 de novembro.
A abertura esteve a cargo do Coro Gulbenkian, que apresentou obras escritas para a Sé de Évora, por compositores como Estevão de Brito, Filipe de Magalhães, Manuel Cardoso ou Lopes Morago.
Hoje, foi a vez da Camerata Atlântica mostrar como a visão infantil dos cantos e danças se transforma em Encantos e Andanças, nas obras de Alexandre Delgado, Sérgio Azevedo, Anne Vitorino d’Almeida, Eurico Carrapatoso e Constança Capdeville, em duas estreias mundiais, uma delas em homenagem a Paula Rego.
Dia 21 de outubro assinala-se a proclamação da independência do Brasil, que aconteceu há exatamente duzentos anos, é invocada pelo Americantiga Ensemble, no concerto intitulado D. Pedro e a Música no Grito do Ipiranga, que inclui estreias de obras de André Silva Gomes e João de Deus de Castro Lobo, compositores principais de São Paulo e Vila Rica (Minas Gerais); e, no dia 23 de outubro, o Grupo Quinteto de Sopros do Vale, que se estreia nesta Temporada, recupera do esquecimento obras de Ângelo Pestana, Adácio Pestana, Filipe Sousa, Joly Braga-Santos, José Santos Pinto, Marcos Romão e Carlos Saraiva.
No último fim-de-semana de outubro, dia 28, a música do português João Pereira da Mota é colocada em enquadramento com a dos seus contemporâneos Pedro Avondano, Ambrosio Molinero e Johann Sebastian Bach, pelo Grupo Concerto Campestre, e no domingo, dia 30 de outubro, é a vez do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, que tocam pela primeira vez na Temporada Música em São Roque, apresentar a contemplação do divino, na música de Constança Capdeville, Clotilde Rosa, Jorge Peixinho, Ivan Moody e Alfredo Teixeira.
No dia 4 de novembro, o Ludovice Ensemble apresentará um concerto dedicado quase inteiramente ao compositor Giovanni Giorgi, um veneziano ativo na corte portuguesa durante o reinado de D. João V. No sábado, dia 5 de novembro, pelo O Bando de Surunyo, será possível escutar um programa com obras dos séculos XVI e XVII dedicadas ao sentimento feminino, encontradas no arquivo do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a par da visão moderna do mesmo tema abordada por João Madureira, na sua obra, em estreia absoluta, Três ocasos para Susana. No dia 6, domingo, será a vez do pianista João Costa Ferreira apresentar obras, em grande parte inéditas, de José Vianna da Motta.
A Temporada termina em grande, no dia 11 de novembro, com os Solistas da Orquestra Barroca Casa da Música, “que nos levarão numa viagem no Centro da Europa, começando por Itália, de Boccherini, passando pela Áustria, Chéquia, Alemanha e terminando em Inglaterra, num percurso idêntico ao de Georg Friedrich Händel”.
A programação completa pode ser vista aqui.
Os bilhetes são gratuitos e limitados, estando disponíveis no Museu de São Roque.
