O espaço foi alvo de uma série de campanhas arqueológicas (desde os anos 1980) que puseram a descoberto um património escondido. Das escavações efetuadas recolheram-se e estudaram-se objetos de uso quotidiano dos séculos XVI a XVIII e descobriram-se vestígios romanos, como cetárias (tanques de uma unidade fabril de preparados de peixe) e troços da muralha tardo-romana e da muralha medieval.
Com base nestes achados foi construído um percurso museológico para contar a história deste sítio, um dos de mais remota ocupação da cidade.
A abertura deste núcleo museológico integra-se no projeto de renovação do Museu da Cidade, que passará a chamar-se Museu de Lisboa, um museu polinucleado no território da cidade.
Fazem parte deste Museu, para além do núcleo museológico da Casa dos Bicos, o Museu Santo António, o Museu Palácio Pimenta (no Campo Grande, atual Museu da Cidade), o Teatro Romano de Lisboa (com reabertura prevista para o próximo ano) e o Torreão Poente do Terreiro do Paço.
O Núcleo Arqueológico da Casa dos Bicos encontra-se aberto ao público de segunda-feira a sábado, das 10h00 às 18h00. Encerra aos domingos e feriados. A entrada é gratuita.