António Zambujo Mostrou o Caminho até à Rua da Emenda

António ZambujoReportagem de Joice Fernandes

Duas noites de casa cheia no Coliseu de Lisboa, a 19 e 20 de fevereiro, mais a noite que se espera hoje no Coliseu do Porto, comprovam o caminho traçado por António Zambujo. No mote deste concerto, a apresentação da “Rua da Emenda” – o sexto trabalho com originais. Este trabalho segue as estrelas dos anteriores, com temas com letras de Maria do Rosário Pedreira, João Monge, Miguel Araújo, Samuel Úria, entre outros, na sonoridade que já é típica de António Zambujo.

“Fatalidade” foi o tema de abertura do concerto. Também é o primeiro tema do novo disco e só não foi o primeiro momento de aplausos porque estes já tinham ecoado – e bem – com a entrada dos músicos em palco. António Zambujo voltou a estar acompanhado por Bernardo Couto na guitarra portuguesa, José Miguel Conde nos clarinetes, João Moreira no trompete e Ricardo Cruz no contrabaixo (e direção musical).

“Casa fechada” intercala a apresentação dos temas mais recentes, assim como “Apelo”, “Reader’s Digest” ou “Flagrante”, muitos destes cantados também pela plateia. Houve cheiro de fado, em particular no “Foi Deus”, que supendeu a plateia para o escutar, mas também das outras influências musicais de Zambujo, desde o Alentejo onde nasceu, de África ao Brasil tendo passado pelos Açores (com “Chamateia”). Os amigos Bernardo e Eduardo Espinho trouxeram ainda mais Alentejo aos temas “Quinta-feira da Ascenção” e “Para que quero eu olhos”.  Antes e depois, ouviram-se os  novos temas como “Flinstones”, “Barata Tonta”, “Canção de Brazzaville” ou “Tiro pela Culatra”. O”Pica do Sete” – single de lançamento deste álbum  – teve que bisar no encore.
Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vã
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá

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