Em As Esganadas, Jô Soares relata uma série de crimes brutais ocorridos no Rio de Janeiro, durante o Estado Novo, e consegue encaixar na narrativa algumas personagens e figuras muito conhecidas dos portuguses, como por exemplo Manoel de Oliveira. Com o humor que o caracteriza este é um livro que nos vai tocar a todos, nem que seja pela forte presença da gastronomia e cultura portuguesa.
Um perigoso assassino anda à solta nas ruas. O alvo: mulheres jovens, bonitas e… gordas. A arma: irresistíveis doces portugueses. Para investigar os crimes, o famigerado chefe de polícia Filinto Müller designa uma trupe hilariante: um delegado sempre rabugento, assessorado por um auxiliar obtuso e medroso, e que contará com a ajuda de um ex-inspetor lusitano muito bem relacionado. Os três serão também acompanhados por uma repórter e fotógrafa corajosa e dinâmica, interessada em cobrir o caso para a imprensa.
Estamos em 1886, o ano da primeira e triunfal tournée de Sarah Bernhardt no Brasil. Na corte de D. Pedro II desaparece o Stradivarius que o imperador havia oferecido à baronesa de Avaré. Ao mesmo tempo, alguém começa a assassinar jovens mulheres, deixando nos corpos uma corda de violino. Sarah Bernhardt propõe ao imperador convidar o famoso Sherlock Holmes para resolver o caso.
Os dois livros fazem parte da coleção Grandes Narrativas, da Editorial Presença. As Esganadas tem 216 páginas e o preço de venda ao público é de 13,41 euros. O Xangô de Baker Street tem agora a sua sexta edição, com 280 páginas e o preço de venda ao público de 14,94 euros.
Texto de Joana Resende